A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou nesta segunda-feira (1º/9) a prisão preventiva de 21 pessoas suspeitas de envolvimento em esquemas de descontos indevidos contra aposentados e pensionistas.
O requerimento foi apresentado pelo relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e aprovado com 26 votos favoráveis e nenhum contrário. O pedido será encaminhado, agora, ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro André Mendonça, que decidirá se autoriza ou não a prisão.
A lista incluiu o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
Veja a lista dos nomes com pedidos de prisão preventiva:
- Andre Paulo Felix Fidelis;
 - Eric Douglas Martins Fidelis;
 - Cecilia Rodrigues Mota;
 - Virgilio Antonio Ribeiro De Oliveira Filho;
 - Thaisa Hoffmann Jonasson;
 - Maria Paula Xavier Da Fonseca Oliveira;
 - Alexandre Guimaraes;
 - Antonio Carlos Camilo Antunes;
 - Rubens Oliveira Costa;
 - Romeu Carvalho Antunes;
 - Domingos Savio De Castro;
 - Milton Salvador De Almeida Junior;
 - Adelinon Rodrigues Junior;
 - Alessandro Antonio Stefanutto;
 - Geovani Batista Spiecker;
 - Reinaldo Carlos Barroso De Almeida;
 - Vanderlei Barbosa Dos Santos;
 - Jucimar Fonseca Da Silva;
 - Philipe Roters Coutinho;
 - Mauricio Camisotti;
 - Marcio Alaor De Araujo;
 
O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril deste ano e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
			        
			        
								