Com nível crítico do Rio Acre, Rio Branco inicia plano emergencial para garantir abastecimento

A operação tem como foco o atendimento emergencial a famílias residentes tanto na zona rural quanto na zona urbana de Rio Branco

Com o nível do Rio Acre em situação crítica, a Prefeitura de Rio Branco deu início às medidas emergenciais previstas no Plano de Exaurimento Hídrico. A execução está sendo liderada pela Defesa Civil Municipal, com o suporte da Secretaria Municipal de Agropecuária, e tem como objetivo principal assegurar o fornecimento de água potável para comunidades vulneráveis durante o período de seca intensa.

A operação vai beneficiar famílias tanto na zona urbana quanto na zona rural da capital/ Foto: Marcos Araújo, Secom

As equipes estão realizando inspeções em áreas com histórico de escassez, avaliando as condições e planejando a logística de atendimento. Assim que a etapa de vistorias for concluída e o contrato com a empresa responsável pelo transporte for oficializado, terá início a chamada Operação Estiagem, cuja previsão de lançamento é para a próxima segunda-feira (7).

Segundo o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, o momento é crítico. “Neste início de julho, o Rio Acre registra apenas 2 metros de profundidade, o que configura a terceira pior marca em 11 anos. Só em 2016 e 2024 os níveis foram ainda mais baixos. A situação é mais grave do que em 2023, mesmo com o recorde de 1,25 metro naquele ano”, afirmou.

A operação tem como foco o atendimento emergencial a famílias residentes tanto na zona rural quanto na zona urbana de Rio Branco. O serviço será feito com caminhões-pipa, contemplando regiões como Quixadá, Transacreana e áreas dos municípios vizinhos, como Porto Acre e Bujari.

De acordo com Falcão, a estiagem prolongada já compromete a captação hídrica em diversas frentes. “Entramos no trimestre mais seco do ano, julho, agosto e setembro, com uma crise hídrica instalada. É um cenário extremo, e nosso foco é garantir água potável para quem mais precisa”, reforçou o coordenador.

Além da distribuição de água, o plano emergencial também contempla o acompanhamento constante de dados ambientais, incluindo temperatura, qualidade do ar e registros de focos de incêndio.