A Polícia Civil do Acre esclareceu que a advogada Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, não foi baleada, como chegou a ser cogitado nos primeiros momentos da apuração do caso. A conclusão foi confirmada após a realização de exame pericial no corpo da vítima, que faleceu na madrugada do último sábado (21), após ser atropelada em frente a uma casa noturna localizada no bairro Isaura Parente, em Rio Branco.

Juliana Chaar foi atropelada durante uma confusão na saída de uma casa noturna/ Foto: Reprodução
De acordo com o delegado Pedro Paulo Buzolin, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), não foram encontrados indícios de perfurações por projéteis de arma de fogo. A perícia foi determinante para afastar a hipótese inicial de que Juliana teria sido atingida por um disparo.
O caso segue sob investigação, e um dos envolvidos no episódio é o advogado Keldheky Maia da Silva. Ele aparece em imagens feitas durante a confusão portando uma arma e efetuando disparos. Conforme informou a polícia, ele responderá por porte ilegal de arma de fogo e também poderá ser indiciado por tentativa de homicídio.
Segundo relatos de testemunhas, os disparos ocorreram instantes antes do atropelamento. Ainda de acordo com os depoimentos, Keldheky teria retirado uma pistola de dentro de um automóvel e atirado em direção ao grupo que estava do lado de fora da boate. Logo depois, uma caminhonete avançou sobre Juliana e um amigo. A advogada não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
As autoridades continuam apurando a sequência dos fatos e a possível conexão entre os disparos e o atropelamento. O caso mobilizou a opinião pública e segue sob acompanhamento da Divisão Especializada.
