Durante a visita da comitiva do governo brasileiro à França, um avanço relevante foi conquistado para o Acre na área da saúde. Nesta sexta-feira (6), foi oficializada a entrada da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na gestão do Centro de Infectologia Charles Mérieux, localizado em Rio Branco. O novo acordo internacional assegura o investimento anual de mais de 200 mil euros na unidade, considerada uma referência no diagnóstico de enfermidades virais e tropicais que afetam a região amazônica.

O Charles Mérieux é uma referência para o diagnóstico de doenças infecciosas a nível molecular/Foto: Reprodução
A formalização do compromisso ocorreu em Paris, com a presença de autoridades e especialistas, como o presidente da Fiocruz, Mario Moreira; o presidente da Fundação Mérieux, Alain Mérieux; o infectologista acreano Thor Dantas; e o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, responsável por liderar as articulações que viabilizaram o acordo.
Criado em 2016, durante o governo de Tião Viana, com apoio da fundação francesa, o centro é vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao curso de Medicina da Universidade Federal do Acre (UFAC). A partir do novo arranjo, a Fiocruz passa a compartilhar a gestão técnica com a Fundação Hospitalar do Acre (Fundacre), o que deve ampliar tanto a capacidade científica quanto o alcance do atendimento à população local.

Anúncio aconteceu durante a viagem da comitiva do presidente Lula a Paris/Foto: Reprodução
“A Fiocruz é um dos maiores símbolos da ciência brasileira. Tê-la conosco na gestão do Charles Mérieux significa fortalecer a pesquisa e a resposta do Acre frente a doenças como dengue, malária, hepatites e outras que afetam diretamente a Amazônia”, afirmou Jorge Viana. “É o resultado concreto da nossa presença em Paris e da prioridade que o presidente Lula tem dado à saúde e à ciência.”
Presente à cerimônia a convite da ApexBrasil, o médico Thor Dantas destacou a relevância do novo momento vivido pela unidade. “Essa parceria marca uma nova fase para o centro. Com esse investimento estável e o apoio técnico da Fiocruz, ganhamos fôlego para expandir o diagnóstico e enfrentar com mais eficiência os desafios sanitários da região”, disse.
Alain Mérieux também celebrou a aliança, apontando o Acre como peça fundamental nas estratégias globais de vigilância sanitária. “Estamos muito satisfeitos em ver a Fiocruz ao lado do nosso trabalho. O centro de Rio Branco é um modelo importante para a saúde na floresta amazônica”, declarou.
Além dos reforços financeiro e técnico, o acordo também abre portas para cooperação científica entre instituições brasileiras e europeias, fomentando pesquisas conjuntas e o intercâmbio de profissionais. Com isso, o Acre avança como ator central na cooperação internacional em saúde pública.
			        
			        
								