O Acre enfrentou um aumento significativo nos homicídios de povos indígenas em 2023, de acordo com os dados apresentados no Atlas da Violência 2025, divulgado no último dia 7. O relatório aponta um crescimento de 50% no número de mortes em comparação ao ano anterior. Em 2023, seis indígenas foram mortos no estado, o que representa dois casos a mais do que em 2022, quando foram registrados quatro assassinatos.
Atlas da Violência revela crescimento de assassinatos de indígenas no Acre/ Foto: ContilNet
Esse aumento não é exclusivo do Acre. Outros estados da região amazônica, como Maranhão e Tocantins, também apresentaram elevações nos índices de violência contra povos indígenas. O estudo revela uma discrepância entre os números oficiais de homicídios e as estimativas, apontando que as estatísticas podem ser impactadas por falhas nas investigações, falta de perícia apropriada e omissões nos registros civis. Para corrigir essas distorções, o Atlas aplica metodologias estatísticas que ajustam os dados de acordo com a realidade dos casos.
Em contraste, o Pará e o Amapá apresentaram uma redução nos índices de homicídios de indígenas. No Pará, os assassinatos caíram de dez para quatro entre 2022 e 2023. Já o Amapá não registrou nenhum homicídio em 2023, após contabilizar dois casos no ano anterior.
Roraima lidera o ranking de violência contra indígenas no Brasil, com 59 homicídios em 2023, um aumento de 11 em relação a 2022. O Amazonas vem em segundo lugar, com 36 mortes no último ano, embora tenha registrado 38 casos em 2022.
De maneira geral, o Brasil observou um aumento de 10,7% nos homicídios de indígenas de 2022 para 2023, totalizando 227 mortes violentas em 2023, contra 205 no ano anterior, conforme o Atlas da Violência 2025.
