Eduardo Ribeiro defende equilíbrio tributário e evitar ‘evasão’ da carne bovina a outros estados

O deputado Eduardo Ribeiro (PSD) voltou a discutir sobre a necessidade de uma isonomia no mercado da pecuária de corte no estado

O deputado Eduardo Ribeiro (PSD) voltou a discutir sobre a necessidade de uma isonomia no mercado da pecuária de corte no estado, dentro de um modelo em que haja equilíbrio de ganhos entre produtores e frigoríficos, na chamada ‘pauta do boi’, nesta terça-feira, 29.

O parlamentar vem intermediando reuniões com produtores, a indústria frigorífica e representantes do Governo do Estado do Acre para evitar que a maior parte do rebanho de corte seja remetido para mercados fora do estado, inviabilizando num futuro próximo, o abastecimento de carne bovino no Acre.

A grande preocupação é com a exportação do ‘boi em pé’, o animal ainda vivo, para outros centros do país. O valor mínimo tributado pelo estado para a venda desses animais que seguem para abate fora do estado é de R$ 1,3 mil por cabeça. Porém, enquanto esse montante agrada aos pecuaristas, o mesmo não se diz dos proprietários de frigoríficos, que reivindicam uma elevação da margem tributária.

Deputado Eduardo Ribeiro/Foto: Juan Diaz/ContilNet

A última reunião ocorreu na segunda-feira, 28, com a participação das entidades governamentais e do setor pecuário. Na ocasião, os técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre, o Idaf-AC, confirmaram que mais da metade do gado de corte, aquele destinado ao consumo de carne, já saiu do estado para ser comercializado em outras praças nacionais.

Um levantamento do Programa de Rebanho Bovino do Acre, realizado pela Embrapa, mostra que o rebanho de corte no Acre é de 4,5 milhões de cabeças. Os dados são de junho de 2024 e têm como base o ano de 2022. Depois deste ano, não se realizou mais um novo recenseamento.

“Existe uma mudança em que alguns guias de transporte animal, as GTA’s,  ficam pendentes. Mas isso chega a 10%. Então, os números do Idaf, em tese bateram com os do Fórum Empresarial. E eu quero dizer que confio muito na pessoa do secretário de Fazenda, Amarisío Freitas, e sua equipe, que ficaram de fazer um estudo e encontrar uma forma para que não ocorra, nem prejuízo para indústria [frigorífica], nem prejuízo para os produtores”, ressalta Eduardo Ribeiro.

O parlamentar pediu celeridade na reformulação tributária para estancar a saída de animais para o consumo em outros estados. “Eu acredito que isso tem que ser feito o quanto antes. Acredito que até a próxima semana já tenha alguma novidade nesse sentido”, afirma o deputado.

Sobre a pecuária de corte, Ribeiro frisa que a carne bovina é o maior vetor exportador do Acre.” Então, tem que haver um equilíbrio entre a indústria, que gera emprego diretamente a mais de 2,5 mil pessoas, incluindo produtores de bezerro, que também precisam escoar sua produção”, frisa o parlamentar.