Com antecedentes nos EUA, brasileiro suspeito de matar jovem português seria expulso do país europeu

Mateus Marley Machado, de 27 anos, já foi preso nos Estados Unidos por fazer parte de uma gangue de assaltantes

Preso como suspeito de matar a facadas o português Manuel Gonçalves, de 19 anos, o brasileiro Mateus Marley Machado, de 27, estava prestes a ser expulso do país europeu. Com antecedentes criminais nos Estados Unidos, ele teve um pedido de residência recusado pela agência de imigração de Portugal, segundo o Jornal de Notícias.

Português Manuel Gonçalves foi morto a facadas em bar de Braga; suspeito preso é brasileiro — Foto: Reprodução

O brasileiro deveria ter se manifestado na última terça-feira. Como não o fez, ele receberia uma notificação para deixar o país, conforme manda o procedimento burocrático. Mateus Machado já foi preso nos Estados Unidos por fazer parte de uma gangue de assaltantes.

Suspeito do assassinato, ele foi preso novamente, dessa vez pelas autoridades portuguesas, em uma zona serrana do distrito de Castelo Branco na sexta-feira. Ele já estaria em vias de fugir de Portugal.

Mateus Machado é apontado como responsável por esfaquear Manuel Gonçalves do lado de fora do Bar Académico, em Braga. O crime aconteceu na madrugada de sábado após uma briga que envolveu cerca de 20 pessoas.

“Por motivos ainda não totalmente esclarecidos, elementos de dois grupos distintos foram expulsos do estabelecimento comercial após uma discussão verbal”, disse a Polícia Judiciária em nota. O brasileiro teria esfaqueado o jovem português na zona torácica e no membro superior direito. A vítima chegou a receber atendimento médico, mas não sobreviveu.

Como mostrou o blog Portugal Giro, Manuel Gonçalves queria evitar que mulheres fossem vítimas de um “boa noite, Cinderela” . O brasileiro e um amigo estariam tentando pôr uma substância alucinógena nas bebidas das clientes do bar. O português teria alertado um segurança do estabelecimento.

O velório de Gonçalves aconteceu nesta quinta-feira. Ao canal de televisão SIC Notícias, familiares afirmaram que a prisão tranquiliza, mas não conforta.

No dia seguinte à morte do jovem, o Bar Académico foi parcialmente destruído por um incêndio. Vestígios de um líquido inflamável levantaram suspeitas de que o fogo teria sido criminoso. Na madrugada de quarta-feira, dois coquetéis molotov foram lançados contra a porta do estabelecimento.