As negociações para a formação de uma federação entre o Partido Progressista (PP) e o União Brasil avançam, mas enfrentam desafios em diversas regiões, incluindo o Acre. Embora a união entre as duas siglas possa resultar em uma das maiores bancadas na Câmara dos Deputados, o processo tem sofrido atrasos devido a disputas locais, especialmente envolvendo figuras políticas importantes de ambos os partidos no estado acreano.
Além do Acre, outros estados também apresentam dificuldades na consolidação da aliança entre os partidos/ Foto: Reprodução
No Acre, o PP deverá liderar a federação, mas a articulação tem gerado impasses políticos, pois tanto a vice-governadora Mailza Assis (PP) quanto o senador Alan Rick (União Brasil) têm interesse em se candidatar ao governo do estado em 2026. Isso pode criar um obstáculo para a candidatura de Rick, já que o atual governador, Gladson Cameli (PP), já expressou apoio à sua vice e tem dado mais espaço para Mailza em compromissos e ações governamentais, conforme noticiado pelo site Valor Econômico.
Em uma coletiva de imprensa no dia 19 de março, Mailza Assis confirmou que as discussões para a federação estão progredindo. Ela afirmou que os membros do PP demonstraram apoio unanime à aliança com o União Brasil. “Agora, estamos apenas aguardando a decisão do União Brasil para formalizar a federação no momento adequado”, disse Mailza. Em contrapartida, Alan Rick tem se mostrado contrário à aliança. Ainda em março, o senador criticou publicamente o governador Gladson Cameli, sugerindo que a união entre os dois partidos não deveria seguir em frente.
Apesar dessa resistência inicial, as negociações continuam avançando, e a conclusão da federação parece estar se aproximando. Além do Acre, outras regiões, como Paraíba, Pernambuco e Bahia, também enfrentam dificuldades na consolidação dessa aliança. Mesmo com esses obstáculos, a formação da federação tem o potencial de impactar o cenário político nacional, fortalecendo a representação da nova sigla na Câmara dos Deputados.
