Ninho artificial: conheça inovação que tem ajudado a preservar espécie de papagaio

Em meio à vegetação, uma estrutura metálica, semelhante a uma chaminé, é fixada nas árvores, abrigando um tesouro porto-riquenho.

No alto das árvores de Porto Rico, pesquisadores se empenham em salvar uma espécie ameaçada. Em meio à vegetação, uma estrutura metálica, semelhante a uma chaminé, é fixada nas árvores, abrigando um tesouro porto-riquenho: um filhote de papagaio, que cresce saudável em um ninho artificial.

Ninho artificial — Foto: Reprodução/TV Globo

Ninho artificial — Foto: Reprodução/TV Globo

“Esta é uma espécie ainda dependente do manejo humano porque a quantidade de papagaios em estado silvestre não é suficiente para se dizer que ela não precise mais da ajuda humana”, explica a bióloga, Tanya Martinez.

Na Floresta Estadual de Rio Abajo, a bióloga Tanya e sua equipe se dedicam a salvar estas aves endêmicas, encontradas apenas em Porto Rico.

O papagaio de Porto Rico tornou-se raro, principalmente por causa do desmatamento. Na década de 1970, restavam apenas 13, identificados em toda a ilha. A um passo da extinção, o governo iniciou um programa de reprodução das aves em cativeiro. A maior parte da reprodução acontece em viveiros.

Papagaios em viveiros em Porto Rico — Foto: Reprodução/TV Globo

Papagaios em viveiros em Porto Rico — Foto: Reprodução/TV Globo

Hoje, são 160 papagaios sob a guarda dos pesquisadores. Os mais fortes podem ir para a floresta ainda bebês e crescem nos ninhos das árvores. Nesses casos, ele recebe uma anilha que ajuda na contagem dos indivíduos e na identificação da origem de cada um.

Globo Repórter acompanhou a soltura do filhote, que ganhou o nome de “Globinho”. Pronto para viver livre na natureza, ele é içado dentro de uma sacola, até o alto da árvore e colocado junto ao outro filhote.

Filhote de papagaio de Porto Rico, batizado de "Globinho", em ninho artificial — Foto: Reprodução/TV Globo

Filhote de papagaio de Porto Rico, batizado de “Globinho”, em ninho artificial — Foto: Reprodução/TV Globo

Ambos serão cuidados por um casal de papagaios adultos que adotou o ninho e já tem experiência como pais.

A Tanya explica que é melhor crescerem assim:

“Eles entram diretamente no ninho, depois podem voar e ser livres desde o princípio”.

A boa notícia é que a população de papagaios de Porto Rico cresce a cada ano. Os bebês que não vão para os ninhos artificiais ficam protegidos nos viveiros até estarem prontos para serem soltos na natureza.