Madrasta de jovem acusada de matar namorado diz que deixou local por medo

A madrasta da jovem acusada de atropelar e matar o namorado e uma amiga dele afirmou, em depoimento à Polícia Civil, que deixou o local do crime por medo de agressões. Gabrielle Schneid de Pinho, namorada da mãe de Geovanna Proque da Silva, estava dentro do carro no momento do atropelamento ocorrido na madrugada de domingo (28), na Zona Sul de São Paulo.

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Segundo Gabrielle, ao sair do veículo após a colisão, ela foi cercada por pessoas que presenciaram o acidente e sofreu ameaças. 

Em seu relato, disse que um homem a segurou pela nuca e a levou até uma mureta, enquanto outra pessoa arremessou um chinelo em sua direção.

Antes do atropelamento

A madrasta contou que estava dormindo em casa quando foi acordada por Geovanna, que a convidou para ir até a residência do namorado, onde acontecia um churrasco. 

Gabrielle afirmou que aceitou acompanhar a jovem por preocupação, já que tinha conhecimento de que a enteada fazia uso de medicamentos controlados e enfrentava conflitos frequentes no relacionamento.

Ao chegarem ao local, Geovanna e Raphael discutiram. Em seguida, decidiram ir embora. No caminho até o carro, viram o jovem passar de moto. Pouco depois, ele retornou com uma mulher na garupa e seguiu por outra rua.

Perseguição e impacto

De acordo com o relato, ao ver Raphael com a passageira, Geovanna acelerou o carro e passou a seguir a motocicleta em alta velocidade. A madrasta afirmou que pediu diversas vezes para que a enteada parasse o veículo.

Ela contou ainda que percebeu o retrovisor atingir uma pessoa momentos antes da colisão e, logo depois, sentiu o impacto da batida e o acionamento dos airbags. 

Gabrielle disse que perdeu os óculos durante o choque e ficou com a visão comprometida.

Duas mortes no local

Raphael Canuto Correa, de 21 anos, e Joyce Correa da Silva, de 19, morreram no local após serem atingidos pelo carro. A motocicleta foi arremessada por cerca de 30 metros. Além disso, dois veículos estacionados foram atingidos e um pedestre ficou ferido.

Após o atropelamento, Geovanna deixou o local, mas passou mal pouco depois e foi encontrada sentada em uma calçada próxima. 

Policiais militares a prenderam em flagrante e a retiraram da área para evitar que fosse agredida por populares.

A jovem passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva. Ela deve responder por duplo homicídio qualificado, por motivo fútil e por dificultar a defesa das vítimas. O caso é investigado pelo 37º Distrito Policial, no Campo Limpo.

 

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