Preso há cerca de 200 dias, o atacante Mateus Gonçalves Martins, de 31 anos, teve o julgamento marcado pela Justiça de Mato Grosso do Sul. O processo será analisado no dia 12 de fevereiro de 2026, conforme decisão recente da Vara Criminal de Caarapó.
O jogador está detido na Penitenciária Estadual de Dourados desde junho deste ano. Além de definir a data do julgamento, a Justiça também negou o pedido da defesa para revogar a prisão preventiva do atleta.
Mateus Gonçalves teve passagens por clubes tradicionais do futebol brasileiro, como Fluminense, Vitória, Sport, Ceará e Goiás. Nas redes sociais, a defesa divulgou uma nota reforçando o princípio da presunção de inocência e afirmando que o processo ainda não foi concluído.
O advogado André Rochi afirmou que entende ser possível o relaxamento da prisão. Segundo ele, a liberdade deveria ser a regra enquanto o caso segue em tramitação.
O atleta vinha de passagens curtas e conturbadas por clubes como Vitória e Goiás, onde foi dispensado por questões disciplinares. Em 2025, havia defendido o Athletic-MG, com participação em dez partidas, um gol e uma assistência.
Prisão
A prisão aconteceu no dia 10 de junho, durante uma fiscalização da Polícia Militar Rodoviária na rodovia MS-156, no município de Juti, região próxima à fronteira com o Paraguai. Dois veículos trafegavam em alta velocidade e desobedeceram à ordem de parada.
De acordo com a polícia, Mateus estava em um carro modelo HB20 ao lado de Luiz Henrique Pereira. Ambos teriam atuado como batedores para outro veículo, onde um casal transportava cerca de 187 quilos de maconha. A droga foi apreendida no local.
Luiz Henrique informou que trabalhava como assessor do jogador e, segundo a polícia, teria admitido que receberia pagamento pelo serviço. Já o casal que transportava a droga confessou o crime e disse que o entorpecente seria usado para quitar uma dívida com traficantes.
Além da maconha, os policiais apreenderam rádios comunicadores, dinheiro em espécie, celulares e os veículos utilizados no esquema. Após audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
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