Dono de churrascaria mata borracheiro após discussão por motivo chocante

Um desentendimento motivado pelo volume de músicas religiosas terminou em morte na manhã do Dia de Natal, na zona leste de Manaus. O borracheiro Sidney da Silva Pereira, de 31 anos, foi esfaqueado durante uma briga com um vizinho e morreu horas depois no hospital. O principal suspeito do crime é o dono de uma churrascaria da região, conhecido como “Gaúcho”.

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Discussão começou por causa de música

Segundo relatos de testemunhas e familiares, Sidney estava em sua borracharia, no bairro Cidade Nova, ouvindo louvores cristãos em uma caixa de som por volta das 6h30. Irritado com o volume da música, o vizinho teria se aproximado do local e iniciado uma discussão, usando palavras ofensivas ao se referir às canções religiosas.

A troca de ofensas evoluiu rapidamente para agressão física. Durante o confronto, o suspeito sacou uma faca e golpeou o borracheiro diversas vezes.

Vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu

Sidney foi socorrido em estado grave e levado ao Hospital e Pronto-Socorro Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo, onde ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva. Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu aos ferimentos e morreu no fim da tarde de quinta-feira (25).

Documentos da Polícia Civil do Amazonas apontam que a ocorrência foi registrada inicialmente como tentativa de homicídio. Após a confirmação da morte, o caso passou a ser tratado como homicídio consumado, tendo como causa óbito por ferimento provocado por arma branca.

Investigação e buscas pelo suspeito

A Polícia Civil investiga o crime por meio do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP). O suspeito ainda não foi localizado, e as autoridades pedem que informações que possam ajudar na localização sejam repassadas de forma anônima pelo disque-denúncia 181. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) pode assumir o inquérito para aprofundar a apuração, inclusive quanto à motivação do crime.

Comunidade lamenta morte de trabalhador

Morador da Avenida Camapuã, Sidney era conhecido na comunidade como trabalhador dedicado. Ele deixa esposa e filhos. O caso causou forte comoção no bairro, especialmente por ter ocorrido em uma data simbólica como o Natal, e reacendeu discussões sobre intolerância religiosa e violência urbana na capital amazonense.