O homem acusado de atropelar e arrastar Tainara Souza Santos, de 31 anos, na Marginal Tietê, em São Paulo, ainda não foi informado sobre a morte dela, confirmada na noite da última quarta-feira (24). Mesmo após o falecimento, que transforma a investigação de tentativa de feminicídio em feminicídio consumado, ele segue completamente alheio ao desfecho do caso.
Segundo apuração exclusiva do BacciNotícias, Douglas Alves da Silva está totalmente isolado dentro do CDP II de Guarulhos, na Grande São Paulo, unidade conhecida por abrigar acusados de crimes de extrema gravidade. Desde o primeiro dia na cadeia, ele é alvo de ameaças constantes de outros presos, o que fez a direção mantê-lo fora do convívio geral. Hoje, Douglas vive recluso, sem acesso ao pátio e sem contato com detentos.
Na prática, ele só deverá descobrir a morte de Tainara caso seja comunicado por agentes penitenciários ou por seus advogados. Com a confirmação do óbito, o processo deixa de tratar o caso como tentativa e passa a ser analisado oficialmente como feminicídio consumado, o que pode ampliar o peso da acusação e endurecer eventual pena.
Relembre o crime
Tainara foi atropelada e arrastada por mais de 1 km na Marginal Tietê, em São Paulo, após uma discussão com Douglas, com quem havia se relacionado por um curto período. O caso ocorreu na manhã do dia 29 de novembro, depois que ela deixou um bar no Parque Novo Mundo, na Zona Norte.
A jovem sofreu ferimentos gravíssimos, teve as duas pernas amputadas e permaneceu internada por 25 dias. Mesmo passando por sucessivas cirurgias, não resistiu e morreu na véspera de Natal. Douglas foi preso em flagrante no dia seguinte ao crime e segue detido desde então.
