Chefe do tráfico internacional é preso em SP após fingir a própria morte

A Polícia Civil de Campinas, no interior de São Paulo, prendeu nesta terça-feira (23), um traficante internacional de drogas, identificado pelo apelido de “Puff”, de 44 anos. O suspeito estava escondido em um condomínio de alto padrão às margens de uma represa, no município de Paranapanema (SP), onde pretendia passar as festas de Natal e Ano Novo longe das autoridades.

De acordo com a investigação, o homem era considerado foragido da Justiça desde 2023 e tinha mandados de prisão preventiva expedidos pelos tribunais de Sergipe e do Paraná, pelos crimes de tráfico de drogas e associação criminosa. A localização do suspeito foi possível após trabalho de inteligência e monitoramento realizado pela polícia paulista.

Segundo os agentes, Puff ocupava uma posição de liderança em uma organização criminosa com atuação em diversos estados brasileiros, incluindo São Paulo, Bahia, Sergipe, Mato Grosso e Minas Gerais. Além disso, o grupo mantinha conexões internacionais com países da América do Sul, como Colômbia, Bolívia e Paraguai, conhecidos por rotas do narcotráfico.

Prisão de ‘Puff’ é golpe contra o crime organizado

A prisão é considerada um golpe significativo contra o crime organizado, já que o investigado seria responsável por coordenar operações de transporte e distribuição de grandes quantidades de entorpecentes. O suspeito foi encaminhado à delegacia e permanece à disposição da Justiça.

Segundo as investigações da Polícia Civil, operações recentes contra a organização criminosa comandada por Puff resultaram na apreensão de grandes carregamentos de entorpecentes, incluindo aproximadamente 400 quilos de cocaína e 200 quilos de maconha. As ações fazem parte de investigações que miram o desmonte da estrutura logística do grupo.

Além do envolvimento direto com o tráfico de drogas em larga escala, o histórico criminal do suspeito inclui condenações por porte ilegal de arma de fogo, homicídio, lavagem de dinheiro, além de falsificação e uso de documentos falsos.

Tentativa de driblar a Justiça

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito adotou uma série de estratégias para driblar a justiça e evitar a prisão. Entre elas, estaria o uso de documentos falsos em nome de terceiros, além da criação fictícia de um suposto irmão.

Em uma das tentativas mais extremas de ocultação, ele chegou a forjar uma certidão de óbito, numa manobra para simular a própria morte e encerrar os processos judiciais em seu nome.

No momento da abordagem, os agentes apreenderam aparelhos celulares e dois veículos, que agora passam por análise e podem ajudar no avanço das investigações. Por razões de segurança, a corporação não divulgou o local onde o preso permanecerá custodiado até sua transferência para o estado de Sergipe, onde responde a parte das acusações.

A captura foi resultado de uma operação integrada entre a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas e a Polícia Civil de Sergipe, reforçando a cooperação entre forças de segurança de diferentes estados no combate ao crime organizado.

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