A Polícia Federal apreendeu, na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, um vídeo intitulado “festa da cueca”. A gravação mostra desembargadores e garotas de programa em festas de luxo financiadas por advogados. Os encontros eram financiados por escritórios de advocacia.
A operação ocorrida no início de dezembro, determinada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem como foco investigar suspeitas de que informações confidenciais eram usadas para chantagear desembargadores na vara, que na época era comandada por Sérgio Moro.
Além do vídeo, os agentes recolheram versões físicas de processos e documentos de investigações conduzidas antes da Lava Jato. No material, haveria informações relacionadas ao empresário Tony Garcia, que atuou como informante em apurações comandadas pelo então juiz Sérgio Moro, e dados envolvendo acordos de colaboração do doleiro Alberto Youssef.
Moro nega as acusações
Em junho de 2024, um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já havia apontado que Moro, quando magistrado, teria agido em parceria com Deltan Dallagnol e a juíza Gabriela Hardt para destinar R$ 2,5 bilhões à criação de uma entidade privada. Moro nega as acusações e, na época, classificou o relatório como peça de “ficção”.
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