Áudios divulgados pelo programa Alô Você, nesta sexta-feira (19), trouxeram à tona uma nova versão sobre o assassinato do sargento da Polícia Militar Leonardo Ferreira, morto a tiros enquanto estava de folga na região de Itaquera, na zona leste de São Paulo, na última quinta-feira (18).
O material divulgado seria de um suposto amigo de Deivid, apontado pela polícia como o autor dos disparos. No áudio, o homem, que afirma ter presenciado os fatos, apresenta uma narrativa diferente da versão inicial do crime.
De acordo com o relato da testemunha, o episódio teria começado ainda pela manhã, quando ele e outros indivíduos estariam “trabalhando na biqueira”, referência a um ponto de venda de drogas. Um Chevrolet Cruze branco, ocupado por duas mulheres e um homem, teria chegado ao local. Uma das mulheres, descrita como cliente frequente, desceu do veículo para comprar entorpecentes e realizou o pagamento via PIX.
Ainda conforme o áudio, durante a negociação, o carro teria dado ré e colidido contra um muro. Em seguida, um homem careca desceu do veículo de forma agressiva. “O cara já desceu sacando a arma”, afirma a testemunha, acrescentando que o homem — posteriormente identificado como o policial militar Leonardo Ferreira — teria efetuado um disparo que atingiu o rosto de um jovem traficante que havia atendido a cliente.
A agressão teria provocado a reação imediata de David. Segundo o áudio, ele teria se levantado exaltado, xingado o policial e partido em sua direção. A testemunha relata que o PM teria disparado cerca de dez tiros, sem atingir David. Na sequência, David teria perseguido o policial, conseguido desarmá-lo em uma avenida e efetuado cinco a seis disparos, principalmente no rosto da vítima, que morreu no local.
Ameaças no enterro do PM
Além das revelações sobre o crime, o programa também denunciou um grave episódio envolvendo a equipe de reportagem. Segundo o apresentador, o repórter Derek Todda, do SBT, teria sido ameaçado com uma arma pelo pai do policial assassinado enquanto cobria o velório, durante a madrugada.
De acordo com o relato, o jornalista foi expulso do local mesmo sem fazer perguntas. “Ele estava apenas exercendo o trabalho jornalístico quando teve uma arma apontada para ele”, disse o apresentador, classificando o episódio como um ataque à liberdade de imprensa.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que deverá analisar o conteúdo do áudio e confrontá-lo com as provas já reunidas para esclarecer a real dinâmica do assassinato do policial militar.
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