A chamada terapia de caracol tem movimentado as redes sociais. O procedimento, que utiliza a secreção do animal diretamente sobre o rosto, ganhou novo fôlego depois que um vídeo viralizou no Twitter nos últimos dias. Nas imagens, uma mulher aparece com diversos caracóis deslizando sobre a pele, o que reacendeu o debate sobre a técnica e seus possíveis benefícios.
O interesse pelo método está ligado à composição do muco do caracol, conhecido pela presença de substâncias como alantoína, ácido glicólico e antioxidantes. Esses elementos, apontados em estudos de laboratório, ajudam na renovação celular, estimulam a produção de colágeno e podem melhorar a textura da pele. Há também pesquisas indicando que a mucina atua como uma barreira natural com efeito antimicrobiano, favorecendo a cicatrização.
Técnica promete hidratação e regeneração da pele, porém ainda carece de comprovação científica/Foto: Redes Sociais
Mesmo com o entusiasmo nas redes, dermatologistas pedem cautela. Profissionais explicam que parte das evidências ainda vem de análises preliminares e que faltam estudos clínicos consistentes para comprovar a eficácia da técnica em larga escala. Por isso, recomendam que o tratamento não seja encarado como substituto de métodos dermatológicos já validados.
A discussão também envolve a forma como o muco é obtido. Especialistas alertam que a coleta deve ser feita de maneira ética, sem provocar sofrimento aos caracóis. Algumas práticas inadequadas podem causar estresse ao animal, levantando dúvidas sobre sustentabilidade e segurança do procedimento.
Com a exposição nas redes e a curiosidade crescente, a orientação dos profissionais permanece a mesma: antes de adotar qualquer terapia alternativa, o ideal é buscar informações confiáveis, checar a procedência do material usado e consultar um dermatologista para evitar riscos e expectativas irreais.
