Líder do PT no Acre diz que prisão de Bolsonaro e generais é episódio inédito e necessário

Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado (22), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, diante do risco de fuga

O vereador André Kamai (PT), que também preside o Partido dos Trabalhadores no Acre, comentou nesta quarta-feira (26) ao ContilNet sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para ele, a decisão representa “um remédio importante, duro e necessário para a democracia brasileira”.

Para Kamai, a prisão do ex-chefe do Executivo e de militares envolvidos na articulação golpista configura um momento sem precedentes na política nacional: Foto/Reprodução

Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado (22), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, diante do risco de fuga. A detenção passou a valer de forma definitiva após o Supremo Tribunal Federal confirmar, na terça-feira (25), o trânsito em julgado da ação que condenou os integrantes do chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado. Diante das críticas feitas por aliados do ex-presidente, Kamai rebateu a versão de que Bolsonaro não teria tentado romper a tornozeleira eletrônica.

“Quem disse que tentou romper a tornozeleira foi o próprio Bolsonaro. A gente viu a imagem, ele disse pra moça que botou o ferro quente lá pra arrancar a tornozeleira. O presidente Bolsonaro não está imune à lei. Ele está sofrendo as consequências do processo que ele respondeu, teve todas as chances de se defender”, destacou.

Para Kamai, a prisão do ex-chefe do Executivo e de militares envolvidos na articulação golpista configura um momento sem precedentes na política nacional, ainda que, segundo ele, necessário.

“O ex-presidente Bolsonaro marca a história do Brasil como o primeiro presidente, e os generais junto com ele, que são presos por tentativa de golpe. Esse é um remédio importante, doce e necessário para a democracia brasileira”, afirmou.

Com a decisão definitiva do STF, Bolsonaro passa a cumprir a pena de 27 anos e 3 meses de prisão estabelecida no processo. Ele permanece detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, enquanto aguarda a audiência de custódia marcada para esta quarta-feira (26), às 14h30.

Kamai reforça que o episódio não deve ser encarado como motivo de comemoração pessoal, mas como a reafirmação das instituições. “Nós não devemos comemorar a prisão de alguém, não é esse o caso. Mas nós devemos comemorar que a democracia brasileira venceu, está firme e forte e vai seguir independente dos golpistas que tentaram subvertê-la”, disse.