A atriz Ana Lúcia Torre, de 80 anos, protagonizou um depoimento comovente no Encontro desta terça-feira (25/11). Entre lágrimas, ela relembrou momentos marcantes da carreira, falou sobre como lida com o envelhecimento e abriu o jogo sobre a relação atual com a própria memória, que, segundo ela, já não responde como antes.
Ao ser questionada por Patrícia Poeta sobre o que significa atuar há mais de seis décadas, Ana Lúcia começou destacando o prazer que sente ao subir ao palco ou encarar a câmera. “Tenho o enorme prazer de fazer aquilo que eu faço. Acho que isso traz felicidade para as pessoas”, afirmou.
Ainda que mantenha o entusiasmo, Ana Lúcia reconhece que a memória já não a acompanha da mesma maneira. “Apesar da disposição, às vezes a memória não é tão maravilhosa. É uma tranquilidade que a maturidade me deu, tanto no trabalho quanto na vida.” Por isso, contou ter criado uma espécie de pacto com o pianista que a acompanha em cena e com o próprio público.


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Ana Lúcia Torre
Reprodução/TV Globo

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Ana Lúcia Torre
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Ana Lúcia Torre
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“Se por acaso eu esqueço alguma coisa e me atrapalho, eu olho para ele [pianista] e pergunto. É um combinado nosso e da plateia, porque digo que isso pode ocorrer.”
Com um histórico de papéis marcantes, a artista explicou que cada personagem deixou marcas profundas e que, ao longo do tempo, isso moldou sua forma de trabalhar. Para ela, a maturidade virou aliada. “Sinto que tenho mais tranquilidade para fazer meu trabalho. Não que eu chegue e faça com os pés nas costas, mas faço com muita vontade e empenho.”
