Ângela Diniz: o que aconteceu com Doca Street após matar a socialite

A trágica morte da socialite brasileira Ângela Diniz voltou a ser comentada após a estreia da série Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, da HBO Max. A trama revive os últimos anos da vida de Ângela, incluindo o breve relacionamento com Doca Street, que viria a ser o assassino dela.

Na vida real, Ângela Diniz foi assassinada, a tiros, pelo então namorado, o empresário Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street. Ele tinha abandonado a mulher e os filhos para viver, ao lado de Ângela, um relacionamento turbulento que durou quatro meses.

Às vésperas do Réveillon de 1976, Ângela e Doca brigaram porque a socialite tentou encerrar o relacionamento dos dois. O empresário, então, atirou quatro vezes contra ela, a matando aos 32 anos.

1 de 4

Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz na série Ângela Diniz: Assassinada e Condenada – HBO Max

Divulgação/HBO Max

2 de 4

Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz e Emílio Dantas como Doca Street na série Ângela Diniz: Assassinada e Condenada – HBO Max

Divulgação/HBO Max

3 de 4

Emílio Dantas como Doca Street na série Ângela Diniz: Assassinada e Condenada – HBO Max

Divulgação/HBO Max

4 de 4

Antonio Fagundes interpreta Evandro Lins em Ângela Diniz: Assassinada e Condenada – HBO Max

Divulgação/HBO Max

O que aconteceu com Doca Street?

Após assassinar Ângela, Doca ficou foragido por várias semanas, ao longo do mês de janeiro, e se entregou à polícia pouco tempo depois. O julgamento dele ocorreu apenas em 1979, mais de dois anos após o crime.

Na ocasião, a defesa de Doca usou a tese da “legítima defesa da honra”, argumentando que Doca teria matado a socialite como uma reação para “defender sua honra” após uma suposta provocação dela.

Imagem preta e branca de Raul Fernando do Amaral Street, mais conhecido como Doca Street, no julgamento do crime contra Ângela Diniz
Raul Fernando do Amaral Street, mais conhecido como Doca Street, no julgamento do crime contra Ângela Diniz

A estratégia causou revoltas, visto que colocou Ângela no “banco dos réus” para ser julgada e condenada novamente pela sociedade, mesmo após a morte.

A tese da defesa foi aceita parcialmente pelo júri e Doca foi condenado a apenas 2 anos de prisão, por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). A decisão gerou controvérsia e revolta, impulsionado movimentos sociais feministas.

Após a condenação, os movimentos divulgaram o lema “Quem ama não mata”, que se tornou símbolo da luta contra a impunidade e contra a violência de gênero.

Leia também

A pressão pública sobre o caso motivou a reabertura do processo contra Doca Street. Ele foi ao banco dos réus em 1981, quando foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio doloso (com intenção de matar). Desta pena, ele cumpriu aproximadamente três anos em regime fechado, dois em semiaberto, e o restante em liberdade condicional.

Em 2006, Doca Street lançou o livro Mea Culpa, onde conta a versão dele sobre o crime.

Como está Doca Street hoje?

Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, morreu aos 86 anos em 18 de dezembro de 2020. Na época, a família do empresário revelou que ele morreu após sofrer um ataque cardíaco.