‘Jacaré do tráfico’: vídeo mostra facção usando jacarés para devorar corpos

Imagens chocantes circularam após megaoperação que deixou 121 mortos; Polícia investiga autenticidade dos vídeos

Um vídeo que mostra um jacaré em uma caixa d’água devorando o que seriam restos humanos voltou a circular nas redes sociais nos últimos dias, sendo atribuído à facção Comando Vermelho (CV). A gravação ganhou repercussão após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, deflagrada na última terça-feira (28/10), que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais.

Jacaré | Foto: Reprodução

De acordo com informações do Metrópoles, o réptil estaria sendo usado para torturar rivais e ocultar cadáveres, prática que teria sido mencionada em investigações anteriores.

“Jacaré do tráfico” seria usado em rituais e execuções

Em julho deste ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro já havia apreendido um filhote de jacaré na comunidade do Mandela, na Zona Norte do Rio, onde traficantes mantinham o animal como espécie de mascote da facção.

Na ocasião, os agentes da 21ª Delegacia de Polícia e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) encontraram o réptil em um cativeiro improvisado, usado para intimidação e possíveis rituais de violência.

Segundo fontes da investigação, o “jacaré do tráfico” teria se tornado símbolo de poder e brutalidade entre membros do CV, sendo usado tanto como animal de estimação quanto como instrumento de tortura.

Vídeos em circulação e investigação

Os vídeos recentes mostram o animal devorando o que parecem ser partes humanas dentro de um reservatório de água. As autoridades, no entanto, ainda não confirmaram a autenticidade das imagens.

Polícia Civil informou que o material está sendo periciado para determinar a origem, a data e a veracidade das gravações.

“As imagens são de extrema violência e estão sendo analisadas com cautela. Ainda não há comprovação de que tenham sido feitas no Rio de Janeiro”, disse uma fonte da corporação.

Megaoperação no Rio

A chamada Operação Contenção, deflagrada para conter o avanço territorial do Comando Vermelho em comunidades dominadas por facções rivais, terminou com 121 mortos, sendo 115 identificados até o momento. Outros dois casos seguem com perícia inconclusiva.

O governo do estado afirmou que a operação foi uma resposta à escalada de ataques criminosos e que seguirá atuando para restabelecer a ordem nas áreas dominadas pelo tráfico.

Fonte: Metrópoles / ND Mais / Polícia Civil do RJ
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