A Renault lançou a nova geração do Kwid E-Tech, versão elétrica do compacto, nesta quarta-feira (08). O modelo traz visual repaginado e mais tecnologia a bordo. E segue como o carro elétrico mais barato do país, custando R$ 99.990.
Com potência modesta e autonomia limitada, o Kwid E-Tech 2026 aposta em design novo, telas maiores e pacote de segurança ampliado. O objetivo é tentar recuperar espaço diante de rivais chineses como o BYD Dolphin Mini, hoje líder entre os elétricos de entrada.
O Kwid E-Tech foi um dos primeiros elétricos acessíveis a desembarcar no Brasil, mas perdeu relevância após a chegada dos modelos chineses, mais potentes e completos.
Agora, a Renault aposta num conjunto de mudanças visuais e na adição de recursos de segurança e conectividade para reposicionar o compacto como opção de entrada para quem busca um carro elétrico mais em conta.
Inspiração para design
A nova geração do Kwid E-Tech se distancia do modelo a combustão e adota traços inspirados no Dacia Spring, seu equivalente europeu.
A dianteira ganhou grade preta menor com detalhes em relevo e faróis divididos: luzes diurnas de LED em formato de “Y” na parte superior e faróis principais logo abaixo.
O para-choque foi redesenhado, escondendo parcialmente os conjuntos ópticos e deixando o visual mais limpo, próximo da estética de outros elétricos compactos. Na traseira, as lanternas foram reduzidas e agora são ligadas por uma faixa preta horizontal.
O interior foi totalmente repaginado. O painel passou a contar com central multimídia “flutuante” de dez polegadas, painel digital de sete polegadas e novos comandos digitais para o ar-condicionado. Até o seletor de marchas mudou – agora, é uma alavanca estilo joystick.
Mais tecnologia e segurança
Além de mudanças no visual, o Kwid E-Tech 2026 chega com um pacote de equipamentos que o coloca em outro patamar entre os elétricos de entrada.
Para começar, o compacto agora traz Apple CarPlay e Android Auto sem fio, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.
O destaque, porém, está nos recursos de assistência à condução, inéditos nessa faixa de preço:
- Alerta e assistente de permanência em faixa;
- Frenagem automática de emergência;
- Reconhecimento de placas de trânsito;
- Detector de fadiga.
Para reforçar a segurança, o modelo oferece ainda seis airbags de série — aumento importante em relação ao que se via no segmento até pouco tempo atrás.
Mecânica e autonomia
Apesar das novidades no design e na lista de equipamentos, a mecânica do Kwid E-Tech segue a mesma.
O motor elétrico entrega 65 cavalos de potência e 11,5 kgfm de torque, números modestos frente aos concorrentes, mas suficientes para uso urbano. A velocidade máxima é de 130 km/h, o que reforça seu perfil de carro para cidades.
A bateria de 26,8 kWh garante autonomia de até 185 quilômetros pelo padrão do Inmetro. Por um lado, limita viagens mais longas. Por outro, atende trajetos diários em grandes cidades.
A recarga vai de 20% a 80% em cerca de nove horas em tomada portátil, três horas num wallbox doméstico e apenas 45 minutos em carregadores rápidos de 30 kW.
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Preço e concorrência
Com preço mantido em R$ 99.990, o Kwid E-Tech 2026 segue como o carro elétrico mais barato do Brasil.
O valor representa uma diferença de R$ 20 mil em relação ao principal concorrente, o BYD Dolphin Mini, que parte de R$ 119.990 e hoje lidera as vendas entre os elétricos de entrada.
Outras opções, como o Chery iCar e o JAC e-JS1, também ficam na mesma faixa dos R$ 120 mil, o que reforça o apelo de custo-benefício do novo compacto da Renault.
Ainda assim, recuperar espaço num segmento cada vez mais dominado por empresas chinesas vai ser um desafio grande para a marca francesa.
(Essa matéria usou informações de G1 e Quatro Rodas.)
