Esta ave de rapina antiga habitava a região onde hoje fica a Nova Zelândia e usava seu bico e garras para caçar uma presa gigantesca

Imagem: Shutterstock AI/Shutterstock

As águias são impressionantes. Mas você sabia que no passado estes animais podiam ser muito maiores? Estamos falando da águia de Haast (Harpagornis moorei), uma espécie que viveu há cerca de um milhão de anos.

Estas aves de rapina habitaram a região onde hoje fica a Nova Zelândia e possuíam bicos e garras gigantescos. Tudo isso era necessário para caçar moas, uma das maiores aves que já viveu no nosso planeta.

Águia de Haast era maior do que a harpia, uma das maiores aves de rapina vivas na atualidade (Imagem: Wize Pixels/Shutterstock)

Garras e bicos eram usados como armas mortais

Segundo informações do IFLScience, a águia de Haast podia atingir uma envergadura de até três metros. As fêmeas do animal ainda podiam pesar 17,8 quilos. Para se ter uma ideia, a maior espécie de águia viva na atualidade, a águia marinha de Steller, pesa entre 5 a 9 quilos e tem cerca de 2,5 metros.

O tamanho desta ave antiga tinha uma explicação. Estes animais se alimentavam especialmente de moas, pássaros enormes que podiam chegar a pesar até 250 kg, mais de dez vezes mais pesadas que o seu predador.

Ossos da ave de rapina antiga em exposição na Nova Zelândia (Imagem: Danny Ye/Shutterstock)

Com certeza não era uma refeição fácil. Segundo os pesquisadores, a águia de Haast usava uma combinação de táticas para conseguir caçar esta presa gigante. As garras maciças eram usadas para ferir e derrubar. Depois disso, o bico era usado para o golpe mortal.

Leia mais

Representação artística de uma moa gigante, principal alimento da águia antiga (Imagem: Shutterstock AI/Shutterstock)

Águias ficaram sem o principal alimento

  • Apesar de serem predadores formidáveis, estas águias foram extintas há cerca de 600 anos.
  • Isso aconteceu devido à perda de habitat e a competição com espécies introduzidas.
  • Mas especialmente em função do desaparecimento das suas presas favoritas.
  • Após os primeiros humanos desembarcarem na região, as moas acabaram sendo um alvo fácil e também acabaram extintas.
  • Sem comida, a águia de Haast também teve um destino bastante infeliz.

Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.