Tilly Norwood foi criada pela empresa Xicoia, que se autodenomina o primeiro estúdio de talentos com inteligência artificial do mundo
Tudo sobre Inteligência Artificial
Embora já faça parte da indústria cinematográfica, a inteligência artificial ainda é motivo de grandes debates. E o tema voltou a ser discutido com força total por Hollywood após o lançamento de uma atriz gerada por IA.
Tilly Norwood foi criada pela empresa Xicoia, que se autodenomina o primeiro estúdio de talentos com inteligência artificial do mundo. A novidade, no entanto, provocou uma série de críticas de associações, atores e cineastas.

Foco deve estar no ser humano
Em comunicado divulgado nesta semana, o sindicato de artistas dos Estados Unidos (SAG-AFTRA) afirmou que a IA não deveria ocupar espaço de destaque na profissão. Segundo a entidade, “a criatividade é, e deve permanecer, centrada no ser humano”.
O texto deixa claro que Tilly Norwood “não é uma atriz”. E observa que trata-se de uma personagem gerada por um programa de computador treinado com base no trabalho de inúmeros artistas profissionais, sem permissão ou remuneração.

O sindicato ainda alega que “não há experiência de vida para se inspirar, nenhuma emoção e, pelo que vimos, o público não está interessado em assistir a conteúdo gerado por computador desvinculado da experiência humana”. As informações são do portal Variety.
Leia mais
- Hollywood fecha mais um acordo sobre uso de IA; entenda
- Entenda a briga da Universal contra o uso da inteligência artificial
- Hollywood pressiona Casa Branca por direitos na era da IA

Atriz criada por IA tem até perfil nas redes sociais
- Tilly Norwood foi apresentada oficialmente pela produtora e comediante holandesa Eline Van der Velden no último fim de semana passado, durante o Zurich Summit, evento paralelo ao Festival de Cinema de Zurique.
- Ela disse que agências de talentos estavam de olho na atriz e que esperava anunciar uma contratação em breve.
- Também rebateu as críticas, afirmando que a atriz gerada por IA “não é uma substituta para um ser humano, mas uma obra criativa, uma obra de arte”.
- Por fim, argumentou que personagens de inteligência artificial deveriam ser julgados como um gênero próprio.
- A conta de Tilly Norwood no Instagram já conta com mais de 33 mil seguidores.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.