Zhang Peng, CEO Zhipu AI, acredita que a superinteligência artificial pode virar realidade até 2030, mas não seria tão avançada assim

Signatários sugerem a criação de um órgão internacional imparcial para realizar auditorias (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

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As principais empresas de tecnologia do mundo têm investido pesado no desenvolvimento e aperfeiçoamento da inteligência artificial. O objetivo é fazer estas ferramentas se aproximarem cada vez mais das capacidades humanas.

Há, entretanto, quem deseje ainda mais. A superinteligência artificial significaria superar o homem em todos os aspectos. Mas talvez esta realidade ainda não esteja tão próxima. Pelo menos segundo Zhang Peng, CEO da Zhipu AI.

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Diversas empresas têm apostado no aperfeiçoamento da IA (Imagem: tadamichi/Shutterstock)

Capacidade muito aquém das humanas

  • De acordo com o líder de uma das startups de IA mais importantes da China, a superinteligência artificial até pode estar disponível até 2030.
  • No entanto, as capacidades desta ferramenta só devem superar os humanos em alguns aspectos.
  • Segundo Peng, o conceito da tecnologia é muito vago para se poder prever um cronograma específico.
  • Mesmo assim, ele acredita que, até 2030, uma IA superinteligente ainda estaria muito aquém das capacidades humanas em diversas áreas.
  • As informações são da Reuters.

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Ideia foi defendida por CEO Zhipu AI (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

O que é superinteligência artificial?

Este é um conceito que descreve uma forma de inteligência criada por máquinas que supera, em todos os aspectos relevantes, a inteligência humana. Isso inclui raciocínio lógico, resolução de problemas, tomada de decisão, criatividade e até habilidades sociais. Diferente da inteligência artificial atual, que é restrita a tarefas específicas, a superinteligência teria uma capacidade geral de aprendizado e adaptação muito mais rápida, ampla e profunda do que qualquer ser humano.

Apesar de estar presente em assistentes virtuais, carros autônomos e algoritmos de recomendação, a IA é limitada a contextos bem definidos. Por mais avançada que pareça, ela depende de conjuntos de dados e de tarefas pré-programadas. Já a superinteligência artificial seria autônoma, capaz de aprender sozinha, reinterpretar informações e tomar decisões inéditas com base em objetivos próprios, inclusive formulando estratégias complexas em tempo real.

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Superinteligência artificial seria 100% autônoma (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Em teoria, uma superinteligência artificial poderia reescrever suas próprias funções, melhorar seus próprios algoritmos e evoluir sem limites definidos por seus criadores. Isso traria impactos em praticamente todos os setores da sociedade. Na medicina, por exemplo, a tecnologia poderia acelerar a descoberta de curas para doenças complexas, simular testes clínicos em segundos e propor tratamentos totalmente personalizados baseados em milhões de variáveis biológicas. O tempo entre a descoberta de um problema e a criação de uma solução poderia cair de décadas para apenas alguns minutos.

Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.