Senhas com biometria são realmente seguras? Veja como se proteger

Dados divulgados pela empresa Accenture indicam que mais de 4,2 mil milhões de celulares utilizam algum tipo de biometria, e a tendência é que em breve todas as transações vão ser confirmadas dessa forma.

Mas será que a biometria, seja ela facial, impressão digital ou íris, são realmente seguras? É o que o Olhar Digital irá revelar nesse artigo.

Como a biometria funciona

O sistema biométrico identifica características únicas de cada pessoa, como impressões digitais, traços faciais, íris, voz ou até mesmo padrões de comportamento. Essas informações são transformadas em códigos digitais que funcionam como uma chave de acesso exclusiva.

biometria facial
Mais de 4,2 bilhões de dispositivos móveis já utilizam algum tipo de biometria (Reprodução: Shuterstock/ImageFlow)

Ao contrário das senhas tradicionais, que podem ser adivinhadas ou vazadas em ataques, a biometria reduz o risco de invasões por não depender da memória do usuário ou de combinações repetidas.

É realmente segura?

A biometria é considerada mais segura do que senhas convencionais, já que cada pessoa possui traços únicos, difíceis de serem copiados. Além disso, elimina a necessidade de decorar combinações complexas.

No entanto, ela não está livre de riscos. A probabilidade de falsificação ou clonagem de biometria, seja ela facial ou impressão digital, é baixa, mas não impossível. Principalmente quando dados biométricos são armazenados ou manipulados de forma inadequada. Falhas de software, tentativas de clonagem e vazamentos de bases de dados podem comprometer a proteção.

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Por isso, a biometria é vista como uma camada adicional de proteção, mas não deve ser usada de forma isolada. O ideal é que seja combinada com outros métodos de autenticação, como tokens, senhas temporárias ou duplo fator, garantindo maior robustez contra tentativas de fraude.

Quando a biometria é reforçada por aspectos comportamentais e contextuais, ela oferece uma proteção mais resistente, dificultando burlar todas as camadas de segurança, como reconhecimento facial, digitais e padrões de uso.

Cuidados ao usar a biometria

  • Ativar senhas adicionais como reforço de segurança.
  • Utilizar apenas serviços confiáveis para cadastrar os dados.
  • Manter sistemas e aplicativos sempre atualizados. Afinal, a cada atualização, o software corrige vulnerabilidades e fecha falhas detectadas em versões anteriores.
  • Desconfiar de solicitações de cadastro biométrico fora de canais oficiais.