Barraqueiros envolvidos na confusão que terminou em agressão a um casal de turistas em Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, negaram que o episódio tenha envolvido homofobia ou cobrança abusiva. Em um vídeo publicado nas redes sociais, um grupo de 11 comerciantes afirma que o valor cobrado pelo uso das cadeiras foi previamente informado e que não houve discriminação contra os clientes.
- Turistas são espancados por comerciantes em Porto de Galinhas após discussão sobre aluguel de cadeiras
Segundo os vendedores, o desentendimento começou após os turistas questionarem a cobrança de R$ 80 pelo aluguel das cadeiras e reclamarem da disposição de outras pessoas à frente deles na praia. Um dos barraqueiros, identificado como Dinho, alegou que também foi agredido por um dos visitantes durante a discussão.
Os comerciantes sustentam que os turistas estavam embriagados e que a situação saiu do controle após empurrões e agressões mútuas. Em declarações no vídeo, alguns vendedores reforçam que não houve ofensas de cunho homofóbico e afirmam que o público LGBTQIA+ é bem-vindo na região.
Já as vítimas, Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, turistas de Mato Grosso, registraram boletim de ocorrência e relataram à polícia que foram cercados e agredidos por um grande grupo de barraqueiros. De acordo com o governo de Pernambuco, ao menos 14 pessoas envolvidas na confusão já foram identificadas.
A Associação dos Barraqueiros de Porto de Galinhas informou, em nota, que acompanha o caso, mas destacou que sua função não é a de julgar o caso. A entidade afirmou ainda que repudia qualquer forma de violência e que aguardará a conclusão das investigações para se posicionar oficialmente.
O caso segue sob apuração da Polícia Civil.
Confira o momento da confusão
Leia mais:
- Mulheres denunciam dono de bar por homofobia após expulsão; veja vídeo
- Ativista se torna ré após dizer que trans não são mulheres; Erika Hilton se manifesta
- Mulher expõe ex-namorado ‘homofóbico e bolsonarista’ que a traiu com amigo gay

