O Vale do Juruá já contabiliza 16 casos de desaparecimento em 2025, segundo dados obtidos junto às forças de segurança e às operações realizadas na região. Do total, 15 foram solucionados, com as vítimas encontradas com vida ou localizadas após buscas intensivas. Apenas um caso permanece em aberto, mantendo o estado de alerta entre autoridades e comunidades.

A maior parte das ocorrências envolve moradores que adentram a floresta para atividades de caça, pesca ou extrativismo, prática comum nos municípios de difícil acesso da região. Em vários episódios, as vítimas eram pessoas experientes, habituadas ao ambiente de mata, mas que acabaram desorientadas devido às condições climáticas adversas, como dias nublados e chuvas contínuas, que impedem a orientação natural pelo sol.
O episódio mais recente, registrado nesta semana, envolve três caçadores de Porto Walter que desapareceram nas proximidades do Rio Nilo. As buscas começaram ainda no amanhecer, mobilizando equipes do Corpo de Bombeiros e moradores voluntários. Apesar da gravidade, esse caso não é o que permanece em aberto, mas reforça o cenário de vigilância constante na região.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o único desaparecimento ainda não solucionado segue em investigação e permanece sob monitoramento. A corporação destaca que, em áreas de floresta, cada hora de busca é decisiva e que a colaboração das comunidades tem sido essencial para o elevado índice de resolutividade.
Mesmo com o alto número de ocorrências em 2025, o Vale do Juruá mantém uma das maiores taxas de resolução de desaparecimentos do estado, reflexo do trabalho integrado entre bombeiros, moradores ribeirinhos, lideranças comunitárias e forças de segurança.
