Testemunha do caso Adalberto expõe fala comprometedora de segurança

Uma testemunha identificada como Alpha afirmou, em depoimento à Polícia Civil de São Paulo, ter ouvido um comentário feito pelo segurança Alisson Felipe Gomes Pereira da Silva que chamou a atenção ainda nos primeiros momentos após o desaparecimento do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior. Segundo o relato, Alisson teria dito à também vigilante Gisele de Jesus Oliveira que o caso “iria dar pano para manga”.

A frase, conforme o depoimento obtido pelo Metrópoles, foi dita nos bastidores do evento Duas Rodas, realizado no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, quando a situação ainda começava a mobilizar equipes de segurança e organizadores.

Alpha afirmou que estava próxima no momento da conversa e que o comentário soou como uma avaliação antecipada da gravidade do episódio. Para a testemunha, a fala não foi feita de forma casual, mas indicava que havia, entre os seguranças, a percepção de que o caso teria repercussão e exigiria esclarecimentos mais profundos — o que contrastaria com versões apresentadas posteriormente por funcionários da segurança.

O desaparecimento de Adalberto foi registrado após ele não retornar para casa na noite de 30 de maio, quando esteve presente no evento de motocicletas. Nos dias seguintes, familiares realizaram buscas no próprio Autódromo em busca de informações sobre o paradeiro do empresário.

O corpo de Adalberto foi localizado no dia 3 de junho por um trabalhador que atuava em uma obra no local. Ele estava dentro de um buraco com cerca de dois metros de profundidade e aproximadamente 40 centímetros de diâmetro, situado em um canteiro de obras na Avenida Jacinto Júlio, dentro do complexo de Interlagos.

Diante das circunstâncias, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) instaurou inquérito para investigar as causas da morte e apurar eventuais responsabilidades.

Leia mais:

• Polícia encontra assassino após 5 anos; cometeu crime com requintes de crueldade

• Polícia indicia homem por armazenar material de abuso infantil e zoofilia

• Polícia prende segundo suspeito no assassinato de duas amigas em ‘encontrinho’ no bar