O caso envolvendo a morte do pequeno Benício Duarte, de 4 anos, ganhou novos desdobramentos na última sexta-feira (5), após o depoimento de uma colega de trabalho da técnica em enfermagem Carla Patrícia Leite, investigada por erro na aplicação de medicamento durante um atendimento de rotina em uma escola particular de Manaus.
Segundo o depoimento prestado à Polícia Civil, a colega — que também atua na enfermaria da instituição — afirmou que alertou Carla para não aplicar adrenalina diretamente na veia da criança. De acordo com a testemunha, a técnica decidiu usar a substância após Benício apresentar um quadro de alergia súbita.
A colega relatou ainda que, ao perceber que Carla preparava a adrenalina, insistiu diversas vezes que o medicamento não era indicado naquela situação e que a aplicação intravenosa poderia causar uma reação grave. Apesar do alerta, Carla teria ignorado a recomendação. Logo após a administração, Benício sofreu uma parada cardiorrespiratória, sendo levado ao hospital, onde acabou morrendo.
A Polícia Civil aponta que a dose aplicada e a forma de uso do medicamento contrariam protocolos de atendimento infantil. A adrenalina só deve ser utilizada em casos específicos e, geralmente, por via intramuscular, e não diretamente na veia, segundo especialistas consultados durante a investigação.
A defesa de Carla Patrícia declarou que a técnica agiu “na intenção de salvar a criança” e que não houve dolo. A família de Benício, por outro lado, cobra que os responsáveis respondam criminalmente pelo erro que consideram inaceitável e evitável.
A escola também prestou depoimento e entregou documentos à polícia. A instituição afirmou que colabora integralmente com a investigação e que revisará todos os seus protocolos de enfermaria.
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