Uma suposta carta atribuída a Jeffrey Epstein, endereçada ao ex-médico esportivo Larry Nassar, está entre os cerca de oito mil novos documentos divulgados nesta terça-feira (23) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O conteúdo do texto gerou repercussão por citar explicitamente um suposto “amor e carinho por jovens moças” e fazer referência direta ao ex-presidente Donald Trump.

Documento afirma que a carta foi enviado que carta foi enviada três dias após Epstein ser encontrado morto em sua cela — Foto: Divulgação/Department of Justice
Segundo os registros oficiais, a carta teria sido enviada em 13 de agosto de 2019. No entanto, Epstein foi encontrado morto em sua cela três dias antes, em 10 de agosto, o que levanta sérias dúvidas sobre a autoria do documento.
De acordo com arquivos anexados à divulgação, a correspondência teria chegado ao FBI em Nova York após contato de um agente do sistema penitenciário americano. Outro documento indica que a carta acabou sendo devolvida ao remetente, já que Nassar não se encontrava mais no endereço indicado.
Diante das inconsistências, o FBI solicitou uma análise pericial da caligrafia para determinar se o texto foi realmente escrito por Jeffery ou por outra pessoa. Até o momento, não há registro público com o resultado dessa análise.
Trecho polêmico
Carta atribuída a Jeffery Epstein — Foto: Divulgação/Department of Justice
No texto atribuído a Epstein, o autor afirma dividir com Larry um suposto afeto por jovens mulheres e menciona Trump de forma direta. Em um dos trechos mais controversos, a carta diz que o então presidente também “compartilhava do amor por garotas jovens e atraentes”, usando linguagem provocativa e irônica.
Reação do Departamento de Justiça
Após a divulgação, o Departamento de Justiça publicou um comunicado na rede X alertando que parte dos documentos contém acusações “falsas e sensacionalistas”, especialmente contra o atual presidente dos Estados Unidos. Segundo o órgão, se tais alegações tivessem qualquer credibilidade, teriam sido amplamente exploradas antes, inclusive durante o período eleitoral de 2020.
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