Uma mulher escapou de uma tentativa de assassinato que teria sido cometida pelo próprio sobrinho, motivada por uma intervenção familiar após repetidos episódios de violência. O caso ocorreu em Camaragibe, no Pernambuco, e a prisão do suspeito foi apontada pela polícia como fundamental para evitar um possível feminicídio.
Segundo o relato, a tia havia alertado o irmão e a cunhada, pais do agressor, sobre o comportamento violento do filho. Com o objetivo de afastar a família da convivência com o sobrinho, ela planejou levá-los para um novo endereço na Paraíba. O plano, no entanto, foi frustrado: o homem, de 41 anos, descobriu o local, mudou-se para lá e continuou se envolvendo em brigas e confusões na região.
Dias depois da mudança, o suspeito se envolveu em outra briga e acabou sendo agredido. Embriagado, ele atribuiu a agressão a uma suposta ordem dada pela tia. Em retaliação, armado com uma faca de grande porte e sob efeito de álcool e entorpecentes, ele passou a procurá-la em diferentes pontos da cidade com a intenção de matá-la.
A tragédia só não foi consumada porque um outro sobrinho avistou o agressor nas proximidades e acionou imediatamente a polícia. A equipe da Polícia Militar se deslocou de forma rápida ao local, conseguiu dominar o homem e efetuou a prisão em flagrante.
De acordo com a investigação, o suspeito foi autuado com base na Lei Maria da Penha e encaminhado para audiência de custódia.
O delegeado responsável pelo caso, Joel Venâncio, descreveu o agressor como usuário de drogas e informou que ele possui antecedentes criminais por roubo, tráfico de entorpecentes e violência doméstica. Para os investigadores, a prisão foi considerada “muito importante”, pois impediu um feminicídio iminente.
A tia, por sua vez, disse confiar no trabalho da Justiça e espera que o sobrinho permaneça preso. “Espero que a justiça seja feita e que ele realmente pague pelo que fez”, declarou ela em entrevista ao SBT.
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