O governo de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (17) a 11ª morte causada pela ingestão de bebida alcoólica adulterada com metanol. A vítima é um homem de 62 anos, morador de São Bernardo do Campo, que morreu no dia 2 de dezembro após permanecer internado por quase um mês no Hospital de Urgência do município.
De acordo com a prefeitura, ainda não foi possível identificar onde a bebida foi consumida. Quatro estabelecimentos chegaram a ser interditados de forma preventiva, mas foram liberados após fiscalização. Em um deles, localizado no bairro Taboão, segue proibida a venda de bebidas destiladas.
Segundo o boletim da Secretaria Estadual da Saúde, São Paulo já contabiliza 51 casos confirmados de intoxicação por metanol. Outros quatro óbitos seguem em investigação, registrados em Guariba, São José dos Campos e Cajamar.
A Polícia Civil investiga a cadeia de produção e distribuição das bebidas adulteradas. Desde o início das apurações, 46 pessoas foram presas por envolvimento na falsificação e adulteração de bebidas alcoólicas. Em 2025, o total de prisões ligadas ao esquema chega a 66.
As investigações também resultaram na apreensão de milhares de garrafas, vasilhames, rótulos e lacres utilizados na prática criminosa.
Especialistas alertam que o metanol é uma substância altamente tóxica, usada apenas para fins industriais. Quando ingerido, pode causar cegueira, convulsões, falência de órgãos e morte. A recomendação é buscar atendimento médico imediato ao surgirem sintomas após o consumo de bebida de procedência desconhecida.
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