Repórter da Globo usa nome de batismo de mulher trans e gera polêmica

O apresentador Ricardo Ismael, do Jornal da Manhã, da TV Bahia, afiliada da TV Globo, corrigiu o repórter Carlos Augusto após ele usar o nome de batismo de Rhianna, mulher trans assassinada por um motorista de aplicativo.

Ao noticiar o caso, Carlos afirma que a vítima era conhecida “pelo prenome Rhianna”, além de usar o seu nome de batismo. Ele foi rapidamente corrigido pelo apresentador do jornalístico.

“A gente se refere a ela pelo nome social, Rhianna. Desde que se assume a identidade trans, morre o nome de batismo, não se refere mais a ela, porque é mais uma forma de violentar pessoas que são tão violentadas todos os dias nesta sociedade”, disse Ricardo.

Assista:

que absurdo ter que ser corrigido assim ao vivo https://t.co/XrBv68z1kx pic.twitter.com/1082QxVov8

— sza (@szamotopapi) December 9, 2025

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O assunto rendeu críticas ao repórter nas redes sociais. “Se foi preconceituoso ao vivo e repassou esse preconceito para o público, deve ser corrigido ao vivo sim! Transfobia não é para ser normalizada”, disse uma pessoa no X.

Assassino de Rhianna

Rihanna Alves, de 18 anos, foi morta por um motorista de aplicativo, de 19 anos, na noite do último sábado (6/12). O homem levou o corpo até a delegacia, confessou o crime, mas foi liberado para responder pelo assassinato em liberdade.

O crime teria ocorrido quando o motorista e a vítima viajavam em um carro com destino ao município de Luís Eduardo Magalhães. Eles haviam saído de Barreiras.

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Metrópoles

O suspeito levou o corpo para a delegacia, dentro do porta-mals de um veículo, e confessou o crime

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O suspeito levou o corpo para a delegacia, dentro do porta-mals de um veículo, e confessou o crime

Reprodução/Instagram

Rihanna tinha 18 anos

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Rihanna tinha 18 anos

Reprodução/Instagram

A família realiza uma vaquinha para custear o enterro

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A família realiza uma vaquinha para custear o enterro

Reprodução/Instagram

O suspeito tem 19 anos

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O suspeito tem 19 anos

Reprodução/Instagram

Em depoimento, o suspeito relatou que contratou a mulher para um programa sexual, mas que, após um desentendimento, teria aplicado um golpe “mata-leão” na vítima. Ele, então, foi até a delegacia e apresentou o corpo da jovem, que estava no porta-malas do veículo.

A Polícia Civil do Estado da Bahia afirmou que a Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães investiga o feminicídio. “O suspeito, de 19 anos, foi ouvido e segue respondendo em liberdade, em razão de ter se apresentado espontaneamente na unidade policial e confessado o crime”, explicou.