A Polícia Civil do Paraná efetuou a prisão preventiva, na manhã da última terça-feira(16), de um homem investigado por assassinar o próprio vizinho no bairro Campo do Santana, em Curitiba.
O crime, ocorrido em 26 de outubro, teria sido motivado por um desentendimento banal relacionado a uma placa danificada em um estabelecimento comercial vizinho à residência da vítima. No momento do crime, o agressor alegou falsamente pertencer ao Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRONE), unidade de elite da Polícia Militar paranaense.
Como tudo aconteceu
De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios, o suspeito foi até a residência da vítima para realizar uma cobrança. Durante a discussão que se seguiu, o homem sacou uma arma de fogo e utilizou o falso prestígio de policial militar para intimidar as pessoas que estavam presentes no local.
Em depoimento, testemunhas relataram que outros moradores que acompanhavam a briga incentivaram o autor a realizar o disparo.
O atirador efetuou o disparo à queima-roupa, resultando na morte imediata da vítima no local. Imagens e relatos colhidos pela polícia indicam que o suspeito deixou a cena do crime em seu veículo apenas vinte segundos após o disparo.
Registro de CAC e apreensão de armamento
Apesar de se passar por militar, o investigado possui registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Durante o cumprimento do mandado de prisão na última terça-feira(16), os agentes localizaram e apreenderam cinco armas de fogo na residência do suspeito, incluindo pistolas de uso restrito, espingardas e um revólver.
A autoridade policial reforçou que a condição de CAC não confere ao cidadão o porte de arma de fogo ou prerrogativas policiais fora de locais específicos, como clubes de tiro ou o ambiente doméstico.
Armas do suspeito || Reprodução: PCPR
Além do crime de homicídio qualificado, o homem poderá responder por porte ilegal de arma e falsidade ideológica. Ainda nas investigações, as autoridades buscam identificar se os vizinhos que incentivaram o crime também terão algum grau de responsabilização jurídica no processo.
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