A nova fase da Operação Desmonte não se limitou ao Acre. Um dos alvos considerados fundamentais para as investigações foi localizado e preso em Goiânia, após trabalho integrado entre a Draco do Acre, a Polícia Civil de Goiás e o Ministério da Justiça.
Coletiva com os detalhes da operação foi feita nesta segunda-feira (1)/Foto: ContilNet
Durante coletiva realizada nesta segunda-feira (1), o delegado Gustavo Henrique da Silva Neves, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), detalhou como ocorreu a captura do foragido, que havia se deslocado para outro estado com a intenção de se esconder das investigações.
“O preso que estava em Goiânia foi localizado após a Draco do Acre entrar em contato com a Draco da Polícia Civil de Goiás. Conseguimos levantar onde ele estava morando, e as equipes de lá fizeram o cumprimento do mandado de busca, apreensão e prisão. Ele se encontra detido em Goiânia”, explicou o delegado.
O delegado Pedro Buzolin, do Departamento de Investigações Criminais (Deic), destacou o papel das forças cooperadas e a infraestrutura disponibilizada para viabilizar a ação interestadual.
Essa é uma nova fase da operação/Foto: Reprodução
“Queremos agradecer o apoio da Polícia Civil de Goiás e também do Ministério da Justiça, que vem nos apoiando e fornecendo a logística necessária para a execução desse tipo de ação”, ressaltou. Disputa territorial influencia índices de homicídio.
Durante a coletiva, o delegado também foi questionado sobre as recentes execuções registradas no Segundo Distrito, área que tem sido foco de confrontos entre facções. Segundo ele, a disputa por território ainda influencia diretamente os índices de violência letal no estado.
“O Acre ainda vive essa disputa territorial entre organizações criminosas. Observamos isso quando analisamos os índices de homicídio. Tanto a DHPP quanto a Draco vêm trabalhando conjuntamente para controlar essas mortes e reduzir os índices”, afirmou.
A prisão do foragido em Goiás se soma às outras nove realizadas no Acre, todas parte de uma estratégia que mira lideranças e operadores essenciais do Comando Vermelho. Segundo a Polícia Civil, o objetivo é enfraquecer a capacidade de comando e expansão da facção dentro e fora do estado.
