O empresário Wagner Morgado (52), foi morto a tiros na tarde de quinta-feira (18) dentro do próprio restaurante, em Cubatão, no litoral de São Paulo. O crime ocorreu por volta das 13h, no Restaurante do Badá, localizado na Rua das Primaveras, no bairro Vila Natal. Até a última atualização, ninguém havia sido preso.
Segundo informações apuradas, Wagner é pai de Rodrigo Morgado, empresário preso pela Polícia Federal após ser apontado como responsável pela contabilidade de um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas.
Atendimento e perícia no local
De acordo com o boletim de ocorrência, equipes do Samu foram acionadas, mas a morte foi constatada ainda no local. Policiais militares isolaram o restaurante para os trabalhos da perícia técnica, que realizou a coleta de vestígios.
O celular da vítima foi apreendido para análise e preservação de possíveis provas. O caso foi registrado pela Polícia Civil como homicídio. Até o momento, não há informações oficiais sobre a identidade do autor nem sobre a dinâmica do ataque.
Depoimento de familiar
Ainda conforme o registro policial, o genro de Wagner compareceu ao 3º Distrito Policial de Cubatão para prestar depoimento. Ele informou que não estava no restaurante no momento do crime e que foi avisado do ocorrido por um funcionário da cozinha.
Família se manifesta
Por meio de nota enviada pelo advogado Felipe Pires de Campos, a família lamentou a morte de Wagner e afirmou que, até agora, não há indícios de relação entre o assassinato e o processo judicial envolvendo Rodrigo Morgado.
“A família confia no trabalho das autoridades competentes e aguarda, com respeito e serenidade, a completa apuração dos fatos”, diz o comunicado, que também pede privacidade neste momento de luto.
Quem é Rodrigo Morgado
Rodrigo Morgado foi preso pela Polícia Federal no dia 14 de outubro, em Santos, durante a Operação Narco Bet, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro associado ao tráfico internacional de drogas. Ele é empresário do ramo contábil, casado e pai de dois filhos.
A investigação é um desdobramento da Operação Narco Vela, deflagrada em abril deste ano. Na ocasião, Rodrigo também acabou preso por porte ilegal de arma, após policiais encontrarem uma pistola no porta-luvas de um veículo de luxo durante o cumprimento de diligências.
A defesa do empresário sustenta que ele sempre atuou de forma regular, prestando serviços técnicos dentro dos limites da profissão, e afirma confiar que a inocência será comprovada ao longo do processo.
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