Pressionada por avanço de rivais, empresa adia lançamentos e concentra equipes para aprimorar capacidades de seu chatbot

Imagem: PhotoGranary02/Shutterstock

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A OpenAI colocou a empresa em estado de “alerta máximo” para aprimorar a qualidade do ChatGPT, adiando o lançamento de outros produtos. A decisão foi comunicada pelo CEO Sam Altman em um memorando interno obtido pelo Wall Street Journal.

Segundo ele, ainda é preciso melhorar a experiência diária do chatbot, tornando-o mais rápido, confiável, personalizável e capaz de responder a um número maior de perguntas.

À esquerda, um pouco desfocado, o logo da OpenAI/ChatGPT; à direita, imagem de Sam Altman pensativo e com um dedo em sinal de silêncio na frente da boca
Sam Altman ordena prioridade total ao ChatGPT após avanço do Gemini (Imagem: Mijansk786/Shutterstock)

Concorrentes se aproximam

  • O movimento reflete a pressão crescente da concorrência.
  • O Google lançou recentemente uma nova versão do modelo Gemini, que superou benchmarks do setor e impulsionou o desempenho das ações da empresa.
  • A gigante informou que sua base mensal de usuários saltou de 450 milhões, em julho, para 650 milhões em outubro.
  • A OpenAI também enfrenta a ascensão da Anthropic, cada vez mais procurada por clientes corporativos.

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OpenAI recua e foca só no ChatGPT após críticas ao GPT-5 (Imagem: Markus Mainka / Shutterstock)

Investimentos bilionários e desafios internos

Com planos de investir centenas de bilhões de dólares em data centers, a OpenAI é pressionada a mostrar quando esses aportes começarão a gerar receita. Embora permaneça privada, seu desempenho afeta empresas parceiras como Nvidia, Microsoft e Oracle.

Altman afirmou que projetos como publicidade, agentes de IA para saúde e compras, além do assistente pessoal Pulse, serão temporariamente suspensos. A empresa também passou a realizar reuniões diárias sobre melhorias no chatbot.

Apesar da enorme base de usuários — mais de 800 milhões semanais — a OpenAI ainda não é lucrativa e precisa captar recursos continuamente. O modelo GPT-5, lançado em agosto, também gerou críticas por respostas imprecisas e tom pouco natural. Uma atualização recente buscou corrigir esses problemas.

No memorando, Altman disse acreditar que o novo modelo de raciocínio, previsto para a próxima semana, deve superar a versão mais recente do Gemini.

A OpenAI, segundo ele, já havia declarado “código laranja” em seus esforços internos — parte de um sistema de urgências que vai do amarelo ao vermelho.

Startup aposta em novo modelo de raciocínio e reorganização interna (Imagem: alprodhk/Shutterstock)

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.