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O que são First, Second e Third Party na indústria dos games?

O que são First, Second e Third Party na indústria dos games?

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A indústria dos games funciona a partir de diferentes modelos de produção e parceria entre estúdios e fabricantes de consoles. Esses formatos determinam como os jogos são desenvolvidos, financiados e distribuídos. 

É comum encontrar termos como first-party, second-party e third-party ao pesquisar sobre um título, mas muita gente não sabe exatamente o que eles significam. Essas classificações ajudam a identificar quem cria cada jogo, para qual plataforma ele é produzido e qual é a relação entre estúdios e publicadoras. 

Neste artigo, explicamos como cada categoria funciona e por que elas são fundamentais para o mercado global de videogames.

imagem mostra inúmeros consoles antigos de videogame
Consoles antigos de videogame (Reprodução: @robtek/Shutterstock)

O que são as Parties na indústria dos games?

As chamadas “Parties” classificam o relacionamento entre o estúdio que cria um jogo e a empresa responsável pelo console. Esse vínculo determina exclusividades, modelos de financiamento e estratégias de mercado.

First Party

Arte promocional do primeiro jogo de ‘The Last of Us’. Imagem: Naughty Dog/Divulgação

Os estúdios first-party pertencem diretamente à fabricante do console. Eles desenvolvem jogos exclusivamente para a plataforma da empresa-mãe e representam alguns dos títulos mais importantes de cada sistema. 

A criação de um estúdio first-party exige investimento alto, já que a fabricante precisa sustentar a equipe e assegurar que os jogos sejam lançados no tempo planejado. Em troca, a plataforma evita o pagamento de royalties a empresas externas e mantém controle total sobre seus produtos.

Sony, Microsoft e Nintendo são as três empresas com maior presença nesse modelo. A Sony opera os PlayStation Studios, com equipes como Naughty Dog, Santa Monica Studio e Insomniac Games. A Microsoft reúne seus estúdios sob o selo Xbox Game Studios, responsáveis por franquias como “Halo” e “Gears of War”. 

Já a Nintendo controla grupos como Nintendo EPD, responsável por séries como “Mario” e “Zelda”. Esses estúdios costumam definir a identidade de cada console e impulsionar vendas por meio de jogos exclusivos.

Exemplos

A Nintendo é extremamente famosa pelas suas franquias exclusivasm como Donkey Kong, Mario, Zelda, Kirby entre outras (Donkey Kong Tropical Freeze, Mario Wonder e Kirby Star Allies Nintendo/ diivulgação)

Nintendo

PlayStation / Sony Interactive Entertainment

Xbox / Microsoft

Leia mais:

Second Party

Death Stranding (2019) / Crédito: Kojima Productions (divulgação)

Second-party é um termo informal usado para descrever estúdios independentes que firmam acordos de exclusividade com uma fabricante. Eles não pertencem à empresa, mas recebem financiamento ou suporte para desenvolver jogos exclusivos ou temporariamente exclusivos. O modelo oferece vantagens financeiras e criativas para os estúdios, que negociam melhores royalties por não poderem lançar o jogo em outras plataformas durante o período acordado.

Diversos estúdios já atuaram como second-party antes de serem adquiridos. A Insomniac Games tinha relação próxima com a Sony no período de “Ratchet & Clank”, antes de ser incorporada. A Playground Games passou por processo semelhante com a Microsoft após o sucesso de “Forza Horizon”. 

Há também casos de acordos específicos, como o Team Ninja, que desenvolveu “Ninja Gaiden II” em parceria com a Microsoft. Esses contratos variam conforme o projeto, a capacidade do estúdio e a estratégia da fabricante.

Exemplos

A Game Freak é a desenvolvedora de Pokémon, que tem como plataforma exclusiva os consoles da Nintendo ( Legends: Arceus / Crédito: Game Freak – Nintendo (divulgação))

PlayStation

Nintendo

Third Party

Assassin’s Creed Syndicate (2015) – Ubisoft

Termo usado para estúdios completamente independentes das fabricantes de console. Eles desenvolvem jogos para várias plataformas simultaneamente, buscando alcançar o maior público possível. A relação com as plataformas ocorre por meio de contratos e pagamento de taxas de licenciamento, prática que se consolidou após o surgimento da Activision em 1979 e foi amplamente reforçada pela Nintendo com o Famicom.

As third-parties incluem algumas das maiores empresas do setor, como Activision Blizzard, Electronic Arts, Ubisoft, Capcom e Square Enix. Elas produzem títulos populares que chegam a consoles, PC e dispositivos móveis. Apesar do alcance, esses estúdios enfrentam riscos elevados. 

Cancelamentos podem comprometer toda a operação, especialmente em equipes menores. Por isso, muitas empresas vendem seus estúdios a publishers maiores, o que transforma o grupo adquirido em equipe interna. Após a compra, esses estúdios seguem funcionando de forma autônoma, mas com maior segurança financeira e alinhamento de interesses com a publisher.

Exemplos

Jogos da franquia Dragon Quest / Crédito: Square Enix, (reprodução)

O papel dos Publishers

A Eletronic Arts (EA) é uma das principais Publishers da indústria / Imagem: Shutterstock

Os publishers são responsáveis por financiar, distribuir e comercializar os jogos. Eles funcionam como patrocinadores e gestores de marketing, garantindo que o produto chegue ao público. Também cuidam da fabricação de mídia física, da localização para outros idiomas, da revisão editorial e de todo o suporte logístico necessário. 

Publishers de grande porte frequentemente mantêm estúdios internos, embora sua principal função seja publicar.

A Activision é uma das principais Publishers da indústria (Imagem: photo_gonzo / Shutterstock.com)

As first-parties atuam como publishers dos próprios jogos, enquanto estúdios third-party podem publicar seus títulos ou contratar empresas externas para essa tarefa. Publishers de grande porte, como EA, Ubisoft e Activision, conduzem campanhas internacionais e investem em blockbusters conhecidos como jogos AAA.

 Há também publishers focados em indies, como Devolver Digital, Annapurna Interactive e Raw Fury, que apoiam projetos menores e priorizam criatividade e originalidade. No segmento mobile, publishers especializados dominam estratégias de monetização e aquisições de usuários.

Desenvolvedores independentes

Hollow Kinght da Team Cherry é um dos maiores sucessos indies dos últimos anos / Hollow Knight: Silksong. Imagem: Team Cherry / Divulgação

Os estúdios independentes, ou indies, trabalham sem vínculo direto com publishers ou fabricantes. Muitos se autopublicam e dependem da divulgação orgânica e das plataformas digitais para alcançar o público. 

O crescimento de lojas online como Steam e serviços de distribuição em consoles permitiu que mais indies lançassem seus jogos globalmente. Alguns atuam como fornecedores de ferramentas ou middleware, desenvolvendo softwares de integração usados em títulos maiores.

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