O mês de novembro, tradicionalmente o início da temporada mais chuvosa no Acre, registrou volumes de precipitação abaixo do esperado, tanto na capital quanto no interior, segundo análise do meteorologista Davi Friale, publicada no portal O Tempo Aqui.
Em Rio Branco, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontou 150 mm de chuva, correspondendo a apenas 71,8% da média histórica do período. Já os dados da Agência Nacional de Águas (ANA) indicaram um volume ainda mais baixo, de 72 mm, o que representa apenas 34,5% do esperado para o mês.

No Vale do Juruá, no entanto, o calor foi intenso: Foto/Reprodução
Friale destacou que novembro apresentou chuvas irregulares, com apenas 11 dias de precipitação igual ou superior a 1 mm, enquanto a média histórica é de 13 dias. Além da escassez de chuva, o mês também foi marcado por temperaturas extremas. A menor mínima ocorreu em Epitaciolândia, registrando 19,3°C no dia 18, e na capital a noite mais fria foi de 20,8°C em 19 de novembro.
No Vale do Juruá, no entanto, o calor foi intenso. Em Cruzeiro do Sul, termômetros chegaram a 36,2°C no dia 8, tornando a região a mais quente do estado durante o mês. Em Rio Branco, a máxima atingiu 34,8°C no dia 7. O vento mais forte também predominou no interior, com rajadas de 55,6 km/h registradas em Cruzeiro do Sul no dia 4, enquanto na capital a maior velocidade registrada foi de 40,7 km/h no dia 3.
O maior registro de chuva em um único dia ocorreu em Manuel Urbano, com 101,6 mm em 11 de novembro, enquanto na capital o volume mais significativo diário foi de 32,8 mm, medido em 21 de novembro.
Friale prevê que dezembro deve seguir com chuvas irregulares, alternando episódios de instabilidade com dias de calor intenso. O Acre permanece sob a influência de um regime atmosférico que concentra precipitações em períodos curtos, mantendo a variabilidade climática típica da região.
