Uma mulher que tinha medida protetiva contra o ex-companheiro foi vítima de um homicídio brutal no Sul do Espírito Santo. A vítima foi localizada sem vida em sua casa após ser estrangulada com uma corda de varal e esfaqueada repetidas vezes pelo homem com quem mantinha um relacionamento anterior, mesmo com a determinação judicial que proibia o agressor de se aproximar dela.
Segundo informações das autoridades policiais, a mulher havia registrado medida protetiva de urgência contra o ex-companheiro junto à Delegacia de Atendimento à Mulher, mas ele ainda assim invadiu o local onde ela morava. A polícia foi acionada por vizinhos que ouviram gritos e encontraram a vítima já sem sinais vitais, apresentando sinais claros de violência física extrema e crueldade por parte do suspeito.
O assassino — cujo nome não foi divulgado — foi encontrado no imóvel e preso em flagrante pelos agentes da Polícia Civil após o levantamento da cena do crime e os procedimentos de isolamento da área. O suspeito teria usado a corda de varal para imobilizar e sufocar a mulher antes de desferir golpes de arma branca, configurando um episódio que as autoridades tratam como feminicídio qualificado, dada a condição de vulnerabilidade e a relação íntima entre agressor e vítima.
Investigadores ressaltaram que casos desse tipo, em que medidas protetivas são descumpridas pelo autor da violência, evidenciam falhas na efetividade das ordens judiciais de proteção e colocam em debate a necessidade de mecanismos mais eficazes para proteger mulheres em risco. Nesse contexto, as autoridades reforçam a importância de denúncias imediatas ao perceber sinais de aproximação não autorizada por parte de agressores, mesmo após a concessão do dispositivo judicial.
A ocorrência foi registrada pela polícia local, que abriu inquérito para apurar os detalhes da dinâmica do crime e confirmar todas as circunstâncias que envolvem o ataque. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exames complementares, enquanto familiares e amigos lamentam profundamente a perda e destacam a urgência de medidas mais rígidas para prevenir novos casos de violência fatal contra mulheres.
