Ismael Gomes, motociclista de aplicativo, acusado por Márcia Santos, 37 anos, corretora de imóveis, em um caso de roubo e agressão em Manaus, afirmou nesta terça-feira (30), que está aliviado por ter conseguido comprovar sua inocência.
Segundo Ismael, apesar da ampla repercussão do caso, a vítima não entrou em contato para se retratar. O motociclista anunciou ainda que pretende processar Márcia por danos morais, buscando reparação pelos prejuízos à sua imagem causados pelas acusações.
O caso, que ganhou grande atenção da mídia local e nacional, envolveu inicialmente uma tentativa de assalto durante uma corrida por aplicativo no bairro Petrópolis, zona sul de Manaus, mas imagens de câmeras de segurança ajudaram a esclarecer a dinâmica e inocentar Ismael.
“Só consigo agradecer, primeiramente, a Deus, à minha família, à minha advogada e à polícia, que conseguiu desvendar essa situação que me deixou numa situação difícil. É uma sensação de alívio. Ao mesmo tempo em que a polícia conseguiu provar quem eram os verdadeiros culpados, isso acaba me tirando da cena do crime, da qual eu nunca cheguei nem perto de participar”, disse Ismael.
A advogada do motociclista, Nicole Menezes, reforçou que a corretora não tentou se retratar e destacou que esperavam uma solução amigável antes de recorrer à via judicial.
“Acredito que ela teve tempo suficiente para se retratar, me procurar ou ao menos enviar uma mensagem, mas isso não aconteceu. Em todos os momentos, procurei a delegacia para mostrar à sociedade que sou inocente. Graças a Deus, esse ciclo hoje se encerra”, disse Ismael.
Ismael informou que já retornou ao trabalho na plataforma, mas ainda enfrenta impactos psicológicos e medo decorrentes da situação. O caso segue sendo um alerta sobre a importância de denúncias responsáveis e verificação de fatos antes de acusações públicas.
“Nós queremos uma retratação pública, assim como foi a acusação. Buscaremos compensação pelos danos materiais e também pelos danos morais, pelo constrangimento e pela imagem manchada do Ismael. Sabemos que 100% da reparação não será possível, mas agradecemos à Justiça pelo alívio concedido”, afirmou a advogada.
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