Morte de ex-jogador do Fluminense revela detalhe macabro

O assassinato Mario Pineida não é um caso isolado, pois, representa a quarta morte de um jogador profissional futebol registrada no Equador em 2025.

Segundo a imprensa local, o cenário esportivo do país enfrenta uma escalada de violência sem precedentes, impulsionada pela infiltração do crime organizado e de organizações vinculadas a apostas ilícitas. O setor, que deveria ser pautado pela competitividade saudável, tornou-se alvo de grupos que buscam manipular resultados mediante ameaças e execuções de atletas.

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O caso de Jonathan González

Em setembro de 2025, o meio-campista Jonathan González, conhecido como Speedy, foi assassinado em sua residência na região de Esmeraldas, localidade próxima à fronteira com a Colômbia.

Segundo informações obtidas junto a funcionários de seu clube e pessoas próximas, o crime foi motivado pela recusa do atleta em manipular o resultado de uma partida. Relatos indicam que indivíduos ligados a esquemas de apostas online exigiram que o jogador garantisse a derrota de sua equipe, porém o confronto terminou empatado. Dias após o evento esportivo, González foi alvejado por homens em motocicletas.

O caso de Maicol Valencia e Leandro Yépez

No mesmo mês, o futebol equatoriano registrou outras duas perdas significativas. Os jogadores Maicol Valencia e Leandro Yépez, ambos vinculados ao Exapromo Costa, da segunda divisão, também foram vítimas de homicídios. A categoria de acesso foi identificada pelas autoridades como o elo mais frágil da estrutura esportiva, uma vez que os baixos salários tornam atletas e dirigentes alvos mais acessíveis para extorsões e aliciamentos por parte de criminosos.

Maicol Valencia ||  Jonathan González || Leandro Yépez

Maicol Valencia || Jonathan González || Leandro Yépez – Imagens/Reprodução: Redes Sociais

Lavagem de dinheiro

A gravidade da situação no Equador encontra respaldo em alertas emitidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Relatórios internacionais indicam que o esporte tem sido utilizado pelo crime organizado como plataforma para lavagem de dinheiro em escala global.

Estima-se que as apostas clandestinas movimentem quantias anuais na casa de 1,7 trilhão de dólares em todo o mundo. No território equatoriano, a liga nacional já detectou indícios de manipulação em ao menos cinco partidas da segunda divisão apenas neste ano, envolvendo inclusive propostas financeiras diretas a dirigentes para interferir no placar dos jogos.

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A pressão sobre os profissionais do futebol muitas vezes ultrapassa o campo das propostas financeiras e atinge o nível da coação física. Registros de anos anteriores já mostravam atletas sendo ameaçados com armas de fogo em centros de treinamento para que aceitassem as condições impostas pelas máfias.

O diagnóstico de autoridades reforça que o narcotráfico utiliza clubes de futebol para mascarar lucros ilícitos, transformando o esporte em um ambiente de alto risco para jogadores que optam por preservar a integridade das competições.

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