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Conforme reportado pelo Olhar Digital, a Netflix chegou a um acordo definitivo para comprar a Warner Bros. Discovery (WBD), em uma operação de US$ 82,7 bilhões. As primeiras reações da indústria de entretenimento foram majoritariamente negativas.
Em carta enviada aos funcionários nesta segunda-feira (15), os co-CEOs da Netfix, Greg Peters e Ted Sarandos, se manifestaram sobre as preocupações relacionadas à fusão, inclusive sobre um suposto monopólio.

União entre Netflix e Warner Bros. preocupa indústria
O acordo foi anunciado em 5 de dezembro. A Netflix comprou a Warner Bros. Discovery por US$ 82,7 bilhões. O pacote inclui os estúdios de cinema e TV, além de HBO Max e HBO. Confira os detalhes aqui.
A fusão entre dois grandes nomes da indústria de entretenimento tem potencial de redefinir o setor. A Netflix prometeu manter as operações atuais da Warner e reforçar seus pontos fortes, incluindo os lançamentos de cinema antes da chegada ao streaming.
Mas as preocupações continuaram. O Sindicato dos Roteiristas da América (WGA) se pronunciou de forma contrária à compra, dizendo que a aquisição viola as leis antitruste destinadas a impedir monopólios.
CEOs da Netflix se pronunciaram
- A Bloomberg obteve acesso a uma carta enviada pelos co-CEOs Greg Peters e Ted Sarandos aos funcionários da empresa;
- Os executivos tranquilizaram os trabalhadores, reafirmando que manteriam os lançamentos dos filmes da Warner Bros. no cinema;
- Eles escreverem que a aquisição “visa o crescimento” e que a empresa está “fortalecendo um dos estúdios mais icônicos de Hollywood, apoiando empregos e garantindo um futuro promissor para a produção de cinema e televisão”.
Monopólio à vista?
Antes mesmo da fusão, legisladores também já haviam se mostrado contra a aquisição. Os senadores Elizabeth Warren, Bernie Sanders e Richard Blumenthal enviaram uma carta à Divisão Antitruste do Departamento de Justiça relatando preocupações acerca de uma fusão massiva na indústria do entretenimento.
Eles argumentam que a união entre as duas empresas criaria uma gigante com mais poder de mercado do que outras companhias atuais, o que permitira “aumentar os custos da televisão para os consumidores”. Segundo os senadores, isso aconteceria em um momento em que as famílias de classe média já enfrentam preços crescentes. A própria Netflix aumentou os valores da assinatura nos EUA em janeiro.
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Peter e Sarandos também contrariaram as preocupações com um monopólio. Na carta, eles citaram dados da Nielsen que supostamente mostram que a fusão entre a Netflix e a Warner Bros. teria uma participação de audiência menor do que o YouTube tem atualmente – ou que a fusão entre Paramount e Warner teria.