A Justiça do Rio Grande do Sul condenou, nesta terça-feira (17), a mãe acusada de matar a própria filha de sete anos a facadas a mais de 44 anos de prisão. O crime aconteceu em 2024, no município de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O julgamento começou às 9h no Salão do Júri do Foro de Novo Hamburgo e se estendeu ao longo do dia. Por volta das 22h30, após o Conselho de Sentença — formado por sete mulheres — reconhecer a responsabilidade penal da ré, o juiz fixou a pena em 44 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão, a ser cumprida em regime fechado.
A condenada, Kauana do Nascimento, de 32 anos, está presa desde agosto de 2024. Ela foi considerada culpada por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além das agravantes de o crime ter sido cometido contra menor de 14 anos e contra descendente.
Durante o depoimento ao júri, Kauana alegou que enfrentava dificuldades financeiras e emocionais, que teriam provocado um quadro intenso de estresse e ansiedade. A ré afirmou ainda não se lembrar de ter desferido os golpes contra a filha. Apesar da argumentação da defesa, os jurados acolheram a tese do Ministério Público.
A sentença ainda cabe recurso.
Relembre o caso
De acordo com a denúncia, Kauana atacou a filha com diversos golpes de faca enquanto a menina descansava na cama. Inicialmente, a mulher alegou que a criança havia caído da escada, versão que foi descartada durante a investigação.
A vítima morreu em decorrência de um choque hemorrágico causado por ferimentos profundos na região torácica. O corpo da criança foi encontrado no corredor do prédio onde moravam, o que reforçou as suspeitas de homicídio e levou à prisão da mãe.
Leia mais:
• Enfermeira de 29 anos é morta a tiro dentro de casa; marido policial militar é preso
• Polícia investiga se adolescente foi dopada durante suruba em ônibus
• Caso Ester: laudo revela causa da morte de menina encontrada em poço
