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Laudo aponta ideação suicida e depressão de jovem que atropelou e matou namorado

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Laudo aponta ideação suicida e depressão de jovem que atropelou e matou namorado

A mulher de 21 anos presa por atropelar e matar o próprio namorado e uma amiga dele, na madrugada de domingo (28), no Campo Limpo, zona sul de São Paulo, apresentou à Polícia Civil laudos médicos para tentar comprovar que sofre de depressão e faz acompanhamento psiquiátrico. Os documentos também indicam que ela chegou a solicitar auxílio por incapacidade temporária ao INSS.

De acordo com a investigação, Geovanna Proque da Silva utilizou um Citroën C4 prata para perseguir e atingir de forma intencional a motocicleta onde estavam as vítimas. O atropelamento ocorreu por volta das 2h57, na rua Professor Leitão da Cunha. O namorado dela, Raphael Canuto Correa, de 21 anos, e a amiga dele, Joyce Correa da Silva, de 19, morreram no local.

Segundo o boletim de ocorrência, momentos antes do crime, Geovanna teria ameaçado Raphael, que participava de um churrasco com amigos. A jovem demonstrou ciúmes pela presença de outras mulheres no local e enviou uma mensagem pelo WhatsApp afirmando que resolveria a situação caso ele não o fizesse.

Nos laudos apresentados à polícia, consta que Geovanna possui histórico de depressão desde os 15 anos e que enfrentava uma crise recente, iniciada em julho de 2025, com difícil controle e presença de ideação suicida. Os documentos também apontam o uso de medicamentos controlados e acompanhamento com psiquiatra e psicólogo.

Registros médicos indicam que o tratamento teria começado em agosto, em uma associação filantrópica, e descrevem sintomas como humor deprimido persistente, anedonia, cansaço físico e mental, dificuldades de concentração, isolamento social, baixa tolerância ao estresse e labilidade emocional.

A Polícia Civil confirmou que Geovanna foi presa em flagrante e, após audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva. A decisão considerou indícios de dolo direto, ou seja, intenção de matar. O caso foi registrado como homicídio doloso duplamente qualificado e lesão corporal.

As investigações seguem em andamento no 37º Distrito Policial, no Campo Limpo. Exames periciais e toxicológicos foram requisitados, e a polícia ainda busca novas testemunhas e imagens que possam ajudar a esclarecer completamente a dinâmica do crime, reforçando a tese de que não se tratou de um acidente, mas de uma ação premeditada motivada por ciúmes.

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