A juíza colombiana Vivian Polanía, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa, em Cúcuta, no norte da Colômbia, ao lado do filho de apenas dois meses, que não sofreu ferimentos. O caso foi registrado na última quarta-feira (17) e é investigado pelas autoridades locais, que ainda não divulgaram a causa da morte e não descartam nenhuma hipótese.
Parentes acionaram a polícia após não conseguirem contato com a magistrada. Diante da ausência de resposta, agentes arrombaram a porta da residência e encontraram Vivian caída no chão, com o bebê próximo a ela. Segundo informações preliminares, não havia sinais de arrombamento no imóvel nem marcas aparentes de violência no corpo da juíza. A suspeita inicial é de que ela possa ter sofrido um mal súbito, mas as possibilidades de suicídio ou homicídio também seguem em apuração.
Vivian Polanía ganhou notoriedade nacional e internacional em 2023, após a divulgação de um vídeo em que aparece recebendo um lap dance dentro de uma sala do tribunal de Cúcuta, episódio que gerou forte repercussão e críticas nas redes sociais. As imagens mostravam um dançarino realizando a apresentação enquanto a juíza estava sentada, em uma comemoração que teria contado com a presença de servidores do Palácio da Justiça. À época, Vivian afirmou que o evento ocorreu fora do horário de expediente.
Nos últimos dias, o vídeo voltou a circular nas redes sociais, reacendendo debates sobre a exposição da magistrada e o tratamento recebido por ela dentro do Judiciário colombiano. A imprensa do país também divulgou um áudio atribuído a Vivian, no qual ela conversa com o ex-companheiro, Anuar Salin Jure. Na gravação, a juíza afirma que, caso algo lhe acontecesse, a responsabilidade deveria ser atribuída a ele. O conteúdo foi anexado às apurações e será analisado pelas autoridades.
A morte de Vivian provocou forte comoção e manifestações públicas. Políticos, ativistas e internautas levantaram discussões sobre assédio moral e perseguição dentro do sistema judiciário. Para o político progressista Máximo Noriega, o caso representa um alerta sobre a pressão enfrentada por mulheres na magistratura. Segundo ele, Vivian teria sido alvo de críticas e perseguições por sua forma de se vestir, suas tatuagens e seu comportamento pessoal.
Nas redes sociais, usuários também apontaram o contraste entre as críticas sofridas pela juíza em vida e a repercussão após sua morte, cobrando uma investigação profunda e responsável. “Ruído não pode ser confundido com investigação”, escreveu um internauta, ao defender apuração rigorosa, técnica e transparente sobre o que de fato ocorreu.
O corpo de Vivian Polanía foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal, onde passará por exames que devem ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte. A polícia informou que o filho da magistrada foi entregue aos cuidados de familiares e passa bem.
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