Influenciador é preso por divulgar manobras perigosas e promover jogos ilegais

O influenciador conhecido como “Lobão”, de 32 anos, foi preso no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (8) durante a Operação Zero Grau, que investiga a divulgação de manobras perigosas em vias movimentadas e o incentivo a jogos ilegais. Com mais de 130 mil seguidores, ele ganhou notoriedade após circular pela ponte Rio-Niterói pilotando um “motojet”, uma moto aquática adulterada adaptada para uso em via terrestre.

Lobão viralizou nas redes sociais em janeiro de 2024, mas já em dezembro de 2023 havia usado o equipamento para trafegar pela Linha Vermelha, uma das principais vias expressas da cidade. Em seu perfil no Instagram, onde se apresenta como “O Doido do Motojet”, ele publica vídeos realizando manobras como “graus”, “RL” e outras práticas arriscadas, tanto com o motojet quanto com motocicletas convencionais.

Um dia antes da prisão, o influenciador compartilhou um vídeo mostrando uma reforma no veículo, acompanhado da legenda: “Projetinho Motojet 2026”. Além da vida nas redes, ele é pai de um menino de um ano, proprietário de uma loja de pneus e praticante de Muay Thai.

Operação e Prisão

De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Lobão também é investigado por divulgar plataformas ilegais de apostas, popularmente chamadas de “jogo do tigrinho”. Na ação policial, seis pessoas foram presas em flagrante.

A operação apreendeu oito carros, uma moto aquática, um reboque, um quadriciclo e nove motocicletas. As investigações começaram após a circulação de vídeos mostrando motociclistas realizando “pegas”, “graus” e outras manobras de risco em locais de grande movimentação. Os envolvidos fariam parte de um grupo adepto ao chamado “grau de rua”, prática proibida e considerada ilegal.

Segundo a Polícia Civil, celulares apreendidos indicam que os detidos também incentivavam apostas on-line, o que motivou autuações imediatas. Os agentes afirmam que o grupo operava uma rede organizada de perfis digitais, com postagens sincronizadas, uso de hashtags semelhantes, aparições conjuntas em vídeos e divulgação de eventos clandestinos com veículos de grande potência.

Os influenciadores presos respondem por crimes como atentado contra a segurança de meios de transporte, adulteração de sinal identificador de veículo, incitação ao crime e associação criminosa.

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