Inflação da comida em casa cai 0,2% em novembro, sexto recuo seguido

O preço dos alimentos consumidos em casa recuou 0,2% em novembro. Esse resultado é a sexta queda mensal seguida apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país.

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação como um todo fechou novembro em 0,18%, fazendo o IPCA voltar para o limite da meta do governo.

Inflação da alimentação no domicílio nos últimos 6 meses
Junho -0,43%
Julho -0,69%
Agosto -0,83%
Setembro -0,41%
Outubro -0,16%
Novembro -0,20%

Com os dados de novembro, a inflação da alimentação no domicílio chega a 1,29% no ano e a 2,48% no acumulado de 12 meses – menor patamar desde fevereiro de 2024, quando marcava 1,76%. Em novembro de 2024, a inflação anual da comida em casa chegou a 8,41%.

Confira os itens que mais recuaram em dezembro:

  • Tubérculos, raízes e legumes: -2,77%
  • Leites e derivados: -2,27%
  • Cereais, leguminosas e oleaginosas: -2,22%
  • Bebidas e infusões: -0,45%
  • Aves e ovos: -0,39%

Outros destaques de baixa no mês são os subitens:

  • Tomate: -10,38%
  • Leite longa vida: -4,98%
  • Arroz: -2,86%
  • Café moído: -1,36%

Alimentos e bebidas

Os dados de novembro mostram também que a alimentação fora do domicílio subiu 0,46% no mês e soma 7,60% em 12 meses.

Juntos, a alimentação no domicílio e a fora do domicílio formam o grupo alimentos e bebidas, que caiu 0,01% em novembro, sendo a quinta queda nos últimos seis meses – de junho a novembro, só não caiu em outubro.

Em 12 meses, o grupo atinge 3,88%. Ao longo do ano, os alimentos foram um dos grandes vilões da inflação, com os preços empurrado para cima por questões ligadas a questões climáticas e quebra de safra.

Em abril de 2025, a inflação chegou a 7,81% no acumulado de 12 meses.

O IPCA apura o custo de vida das famílias com renda de um a 40 salários mínimos. O IBGE pesquisa o preço de 377 produtos e serviços. O grupo alimentos e bebidas responde por 21,5% da cesta de consumo das famílias, segundo o instituto.

Matéria alterada às 16h40 para corrigir informação no último parágrafo. O grupo alimentos e bebidas responde por 21,5% da cesta de consumo das famílias, e não a 15%, como havia sido informado.