Tecnologia integra milhares de eletrodos e transmissão sem fio para monitorar o cérebro com precisão inédita

Imagem: Universidade de Columbia

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Um novo implante cerebral desenvolvido por instituições como a Universidade de Columbia, Stanford e a Universidade da Pensilvânia pode redefinir a interação entre cérebro e computador, oferecendo novas possibilidades terapêuticas para epilepsia, paralisia, AVC e perda de visão.

O dispositivo estabelece uma comunicação de alta velocidade com o cérebro por meio de uma conexão minimamente invasiva — e com tamanho muito menor que o de interfaces tradicionais.

Dispositivo reduz riscos cirúrgicos e promete aplicações em áreas motoras e visuais – Imagem: peterschreiber.media/Shutterstock

Descrito na revista Nature Electronics, o sistema recebeu o nome de BISC (Biological Interface System for the Cortex). Ele utiliza um único chip de silício que se encaixa entre o crânio e o cérebro como uma fina película.

Ao contrário de implantes convencionais, que exigem caixas eletrônicas volumosas dentro do corpo, o BISC ocupa apenas 3 mm³ e integra funções como transmissão de rádio, alimentação sem fio e processamento de dados.

Menor, mais rápido e menos invasivo

  • O chip abriga mais de 65 mil eletrodos e opera com uma largura de banda de dados de 100 Mbps — ao menos 100 vezes maior que a de BCIs sem fio existentes.
  • Essa capacidade permite registrar e estimular sinais neurais com alta precisão, possibilitando que algoritmos de inteligência artificial decodifiquem intenções, percepções e comandos motores.
  • Pesquisadores destacam que o tamanho reduzido reduz riscos cirúrgicos e minimiza a resposta do tecido cerebral, oferecendo mais segurança e estabilidade de sinal em longo prazo.
implante cerebral
Chip funciona como uma película entre crânio e cérebro e conversa com IA em alta velocidade – Imagem: metamorworks/Shutterstock

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Caminho para o uso clínico

Ensaios pré-clínicos já demonstraram desempenho promissor em áreas motoras e visuais. As primeiras aplicações em pacientes, para gravações de curto prazo, estão em andamento.

Uma startup derivada, a Kampto Neurotech, trabalha para levar o BISC ao uso real, abrindo caminho para futuras neuropróteses e interfaces diretas entre cérebro e sistemas de IA.

Tecnologia pode beneficiar pacientes com epilepsia, paralisia, AVC e perda de visão – Imagem: shutterstock/sfam_photo

Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Layse Ventura

Editor(a) SEO

Layse Ventura no LinkedIn

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.